sábado, 27 de dezembro de 2008

Goldfarming: economia virtual

Trabalho ou jogo? As duas coisas, parece. Vejam aí as condições de funcionamento da gold farmer ( fazenda de ouro!?) na China. Lá existiria uma grande tradição em jogos em geral. E não demandaria conhecimenteo de inglês para jogar.

Gold Farming, China e Economia Virtual

A capacidade de distinguir entre o real e o virtual se converteu em sofisticada especialização nos dias atuais. A expressão "nem aqui, nem na China", empregada como sinônimo de uma situação inverossímil, quase caiu em desuso. Mas às vezes faz falta. Essa é a primeira evocação que provoca a leitura do Shanghai Daily ( 14.11.2008). A notícia pequena se perdeu no festival de novidades surpreendentes, que tiraram o sono das pessoas do mundo do dinheiro nos últimos meses. O tsunami financeiro fazia suas vítimas e contribuía para desviar a atenção de todos, em direção às celebridades do mundo dos negócios. Essas, a cada instante, mudando de local nas colunas dos jornais diários, a ameaçar de congestionamento suas páginas menos nobres.
Provavelmente por isso, passou quase despercebida a notícia da criação de imposto sobre ganhos com transferência de propriedade virtual...nos jogos on line! Que agora é lei na China.
Apenas aqueles mais atentos tiveram as atenções despertadas para o curioso e emblemático fato, próprio da economia virtual dos jogos online. Na raiz das atividades relacionadas a esse tipo de jogo encontram-se siglas e conceitos pouco familiares. Especialmente se o leitor não fizer parte da jovem tribo adepta da nova modalidade de lazer: os jogos de multi-utilizadores - Massively Multiplayer Online Games (MMOG).
Estudos recentes já mostram que esses jogos propiciaram o surgimento de um conjunto de atividades que começam a surpreender o mundo. Nesse campo, a China se destaca com o grande número de pessoas que exercem a função de gold farmer (que coleta moeda virtual dentro do jogo para revendê-la a outros jogadores, visando pagamento em dinheiro real ) . Atividade é exercida em cyber cafés, lan houses e em empreendimentos organizados em micro e pequenas empresas. Costuma receber a designação genérica e mais ampla de goldfarming: produção virtual de bens e serviços destinados a participantes de jogos online.
Numa versão mais restrita, livre e tropicalizada, caberia a expressão garimpo virtual, com o significado de procura e captura de peças preciosas ( gold) virtuais para troca por dinheiro real. Nela o jogador se divertiria jogando, e acumularia recursos virtuais, que lhe permitiriam renda extra, mediante sua troca por dinheiro real. Em pouco tempo- cerca de duas décadas- essa atividade transformou- se de lazer em fonte de renda e emprego.
Esse jogador /trabalhador também atuaria auxiliando outros jogadores, dentro do jogo online, mediante remuneração virtual, conversível posteriormente em moeda real.
Na cadeia de valor da gold farm encontra-se, ainda, entre outros integrantes, a figura do distribuidor, o broker.O intermediário entre o vendedor e o comprador do bem virtual. Como se vê, uma gold farm seria uma espécie de mini Serra Pelada...de ouro virtual.
Segundo estudos disponíveis, teria movimentado, no último ano, cerca de 33 bilhões de dólares. Além disso, mobiliza aproximadamente 50 milhões de jogadores on line mundo afora. De qualquer modo, as cifras parecem expressivas, visto o curto espaço de tempo desde o início da sua disseminação. Diversos fatores contribuíram para o seu desenvolvimento, com destaque para a expansão da banda larga, o aumento das transações baseadas na Internet, a popularização do uso dos cartões de crédito e a difusão dos serviços do tipo PayPal.Esse último teria funcionado como uma espécie de cartão pré-pago, útil para entrada e participação nos jogos on line. Além de representar valiosa e prática moeda de troca para aquisição de dispositivos e a contratação de pequenos serviços, dentro do jogo, visando a realização de tarefas virtuais. Constitui, juntamente com o cartão de crédito, importante porta de conexão com o dinheiro real.
Tudo isso impulsionado pela terceirização da atividade do jogador on line. Inicialmente esse movimento se dirigiu dos Estados Unidos em direção ao México. Fixando-se, em seguida, na Ásia, e tendo na Coréia e Japão grandes contratantes, junto com os paises industrializados. Uma distribuição internacional do trabalho em jogos on line estava em marcha. As tarefas repetitivas, desgastantes eram contratadas além fronteiras. Onde houvesse mão-de- obra barata, disponível, interessada e capaz de adquirir créditos, bônus e executar tarefas monótonas, repetitivas, desagradáveis. O jogador endinheirado e apressado pagava por isso em moeda virtual ( gold) conversível em moeda real através do PayPal, por exemplo. O jogo mais popular no gênero é o World of Warcraft, da americana Blizzard Entertainment.
A China, conhecida como fábrica do mundo, destacou-se até aqui também como a maior empregadora de garimpeiros virtuais da economia do jogo. Os seus trabalhadores/jogadores em atividade já somam cerca de 400 mil, apenas na economia virtual do jogo on line. Todos mobilizados para absorver as etapas repetitivas e trabalhosas do jogador /contratante, na busca para alcançar pontuação mais graduada, que permita conduzi-lo a um nível superior de dificuldade dentro do jogo, numa curiosa negociação, através de avatares, dentro do espaço virtual.
O noticiário especializado chinês informou que os ganhos obtidos com a aquisição e revenda de moedas virtuais, dentro do jogo, serão taxados, na China, em valores que oscilam de 3% a 20% do resultado ( taxas a serem pagas em moeda real).
Por outro lado, diante das últimas surpreendentes referências - na imprensa global - a assuntos exotéricos tais como pirâmides, subprimes, derivativos, investiment grade, análise de risco, hedge funds, parachute dorée etc, caberia uma suposição: essas referências seriam, na realidade, revelações de atalhos do grande jogo virtual no cassino mercado global.

Game Over!

sábado, 18 de outubro de 2008

Banco Volta a origem?

Efeitos da crise? Antigo banco utilizado pelos comerciantes que carregavam consigo o dinheiro para adquirir e negociar mercadorias.Sentavam no pequeno trono, em cima nas pilhas de moedas e negociavam, negociavam. Tinham tempo, né? Essa peça está exposta no Ermitage em São Petersburgo, Rússia. A mão - zinha em cima do assento não é arranjo, não. Nem o que está pensando. Apenas aviso para ninguém sentar. Nada de pensar que é dedada em russo...
Dedada mesmo foi a virtual. Planetária!
K. Marx, au secour!

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terça-feira, 12 de agosto de 2008

China avalia Universidades no Mundo


Além das Olimpíadas, parece que os chineses pretendem promover outra competição: ranking das 500 melhores universidades do mundo. A universidade de Shangai divulgou dia 5 de agosto o resultado da sua mais recente avaliação mundial das universidades. O trabalho foi realizado pelo
The Ranking Group (Professor Nian Cai LIU, Dr. Ying CHENG and Mr. Lin YANG) in the Center for World-Class Universities, Graduate School of Education of Shanghai Jiao Tong University.
Essa série de estudos teve início em 2003 e desde então anualmente os chineses divulgam os resultados, que progressivamante se tornam prestigiados. Já orientam alguns diagnósticos sobre o tema e provavelmete inspirarão iniciativas no âmbito da comunidade européia. Embora alguns críticos considerem a metodologia excessivamente influenciada pelas referências anglo-saxônicas, não resta dúvida que os chineses também entraram para valer nesse domínio e angariaram prestígio em curto espaço de tempo. Uma olimpíada da pesquisa universitária? Esse o processo em construção?
Vale a pena um exame crítico da metodologia e dos critérios de avalição empregados. Os resultados disponíveis provocarão artigos e discussões em vários cantos da academia. Se interessar, vá em :
http://www.arwu.org/rank2008/ARWU2008Methodology(EN).htm

quinta-feira, 26 de junho de 2008

TV PÚBLICA NA CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA

A publicidade na TV Pública já era assunto polêmico . Com a convergência tecnológica, sua função e seu papel no modelo de funcionamento daquele tipo de televisão despertam questões essenciais. As implicações políticas e econômicas da sua adoção se ampliam significativamente. Estão no centro das discussões sobre o projeto para a tv francesa que, nesse momento, ocupam parte do noticiário em alguns países. A criação de taxa destinada a compensar a extinção da publicidade na tv pública, parece que vai tirar o sono do Sarkozy. Após abreviar o prazo para entrada em vigor da interdição de publicidade paga antes das 20 horas na tv pública naquele país, passada de outubro para janeiro de 2009, decidiu, ainda, taxar as empresas da convergência para suprir a perda de receitas da tv pública com a extinção da receita com a publicidade paga. Mecanismo engenhoso, e talvez perverso, caso se considere que quanto mais publicidade canalizada para o segmento privado mais a tv pública arrecada. Parece uma curiossa cadeia da felicidade. Ou armadilha?
Talvez o entendimento seja outro. A verificar com o tempo.

Ademais da contestação dos valores dessa taxação, maiores que os propostos na Comissão Copé, se defrontará o presidente francês com as questões relacionadas à sustentação de uma tv pública e sem publicidade. Certamente não são poucas nem triviais essas difiduldades. As manifestações imediatas decorrem de reações à medida por parte daqueles que deverão pagar as taxas no seu projeto: as operadoras de telecomunicações os provedores de acesso à INTERNET , as televisões privadas. Mas não há dúvida: além das discussões e questionamentos sobre percentuais, base de cálculo e constitucionalidade da medida, muito ainda se discutirá sobre como fazer/avaliar uma TV Pública de qualidade na convergência tecnológica. Sua independência, o modelo operacional, sua responsabilidade pública e cultural. Com ou sem publicidade paga. Com ou sem audiência. O jogo apenas começou...pesado.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

quarta-feira, 26 de março de 2008

PASSEATA DOS 100 MIL


LANÇAMENTO HOJE NO LEBLON

CINE CENTRAL


TRADICIONAL CINE TEATRO DE JUIZ DE FORA

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

FIDEL RENUNCIA: A CARTA

COMUNICAÇÃO PUBLICADA NO JORNAL GRANMA EM 19. 02. 2008

"les comunico que no aspiraré ni aceptaré- repito- no aspiraré ni aceptaré, el cargo de Presidente del Consejo de Estado y Comandante en Jefe".


Queridos compatriotas:

Les prometí el pasado viernes 15 de febrero que en la próxima reflexión abordaría un tema de interés para muchos compatriotas. La misma adquiere esta vez forma de mensaje.
Ha llegado el momento de postular y elegir al Consejo de Estado, su Presidente, Vicepresidentes y Secretario.
Desempeñé el honroso cargo de Presidente a lo largo de muchos años. El 15 de febrero de 1976 se aprobó la Constitución Socialista por voto libre, directo y secreto de más del 95% de los ciudadanos con derecho a votar. La primera Asamblea Nacional se constituyó el 2 de diciembre de ese año y eligió el Consejo de Estado y su Presidencia. Antes había ejercido el cargo de Primer Ministro durante casi 18 años. Siempre dispuse de las prerrogativas necesarias para llevar adelante la obra revolucionaria con el apoyo de la inmensa mayoría del pueblo.
Conociendo mi estado crítico de salud, muchos en el exterior pensaban que la renuncia provisional al cargo de Presidente del Consejo de Estado el 31 de julio de 2006, que dejé en manos del Primer Vicepresidente, Raúl Castro Ruz, era definitiva. El propio Raúl, quien adicionalmente ocupa el cargo de Ministro de las F.A.R. por méritos personales, y los demás compañeros de la dirección del Partido y el Estado, fueron renuentes a considerarme apartado de mis cargos a pesar de mi estado precario de salud.
Era incómoda mi posición frente a un adversario que hizo todo lo imaginable por deshacerse de mí y en nada me agradaba complacerlo.
Más adelante pude alcanzar de nuevo el dominio total de mi mente, la posibilidad de leer y meditar mucho, obligado por el reposo. Me acompañaban las fuerzas físicas suficientes para escribir largas horas, las que compartía con la rehabilitación y los programas pertinentes de recuperación. Un elemental sentido común me indicaba que esa actividad estaba a mi alcance. Por otro lado me preocupó siempre, al hablar de mi salud, evitar ilusiones que en el caso de un desenlace adverso, traerían noticias traumáticas a nuestro pueblo en medio de la batalla. Prepararlo para mi ausencia, sicológica y políticamente, era mi primera obligación después de tantos años de lucha. Nunca dejé de señalar que se trataba de una recuperación "no exenta de riesgos".
Mi deseo fue siempre cumplir el deber hasta el último aliento. Es lo que puedo ofrecer.
A mis entrañables compatriotas, que me hicieron el inmenso honor de elegirme en días recientes como miembro del Parlamento, en cuyo seno se deben adoptar acuerdos importantes para el destino de nuestra Revolución, les comunico que no aspiraré ni aceptaré- repito- no aspiraré ni aceptaré, el cargo de Presidente del Consejo de Estado y Comandante en Jefe.
En breves cartas dirigidas a Randy Alonso, Director del programa Mesa Redonda de la Televisión Nacional, que a solicitud mía fueron divulgadas, se incluían discretamente elementos de este mensaje que hoy escribo, y ni siquiera el destinatario de las misivas conocía mi propósito. Tenía confianza en Randy porque lo conocí bien cuando era estudiante universitario de Periodismo, y me reunía casi todas las semanas con los representantes principales de los estudiantes universitarios, de lo que ya era conocido como el interior del país, en la biblioteca de la amplia casa de Kohly, donde se albergaban. Hoy todo el país es una inmensa Universidad.
Párrafos seleccionados de la carta enviada a Randy el 17 de diciembre de 2007:
"Mi más profunda convicción es que las respuestas a los problemas actuales de la sociedad cubana, que posee un promedio educacional cercano a 12 grados, casi un millón de graduados universitarios y la posibilidad real de estudio para sus ciudadanos sin discriminación alguna, requieren más variantes de respuesta para cada problema concreto que las contenidas en un tablero de ajedrez. Ni un solo detalle se puede ignorar, y no se trata de un camino fácil, si es que la inteligencia del ser humano en una sociedad revolucionaria ha de prevalecer sobre sus instintos.
"Mi deber elemental no es aferrarme a cargos, ni mucho menos obstruir el paso a personas más jóvenes, sino aportar experiencias e ideas cuyo modesto valor proviene de la época excepcional que me tocó vivir.
"Pienso como Niemeyer que hay que ser consecuente hasta el final."
Carta del 8 de enero de 2008:
"...Soy decidido partidario del voto unido (un principio que preserva el mérito ignorado). Fue lo que nos permitió evitar las tendencias a copiar lo que venía de los países del antiguo campo socialista, entre ellas el retrato de un candidato único, tan solitario como a la vez tan solidario con Cuba. Respeto mucho aquel primer intento de construir el socialismo, gracias al cual pudimos continuar el camino escogido."
"Tenía muy presente que toda la gloria del mundo cabe en un grano de maíz", reiteraba en aquella carta.
Traicionaría por tanto mi conciencia ocupar una responsabilidad que requiere movilidad y entrega total que no estoy en condiciones físicas de ofrecer. Lo explico sin dramatismo.
Afortunadamente nuestro proceso cuenta todavía con cuadros de la vieja guardia, junto a otros que eran muy jóvenes cuando se inició la primera etapa de la Revolución. Algunos casi niños se incorporaron a los combatientes de las montañas y después, con su heroísmo y sus misiones internacionalistas, llenaron de gloria al país. Cuentan con la autoridad y la experiencia para garantizar el reemplazo. Dispone igualmente nuestro proceso de la generación intermedia que aprendió junto a nosotros los elementos del complejo y casi inaccesible arte de organizar y dirigir una revolución.
El camino siempre será difícil y requerirá el esfuerzo inteligente de todos. Desconfío de las sendas aparentemente fáciles de la apologética, o la autoflagelación como antítesis. Prepararse siempre para la peor de las variantes. Ser tan prudentes en el éxito como firmes en la adversidad es un principio que no puede olvidarse. El adversario a derrotar es sumamente fuerte, pero lo hemos mantenido a raya durante medio siglo.
No me despido de ustedes. Deseo solo combatir como un soldado de las ideas. Seguiré escribiendo bajo el título "Reflexiones del compañero Fidel" . Será un arma más del arsenal con la cual se podrá contar. Tal vez mi voz se escuche. Seré cuidadoso.
Gracias
Fidel Castro Ruz
18 de febrero de 2008
5 y 30 p.m.