sábado, 29 de setembro de 2007

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Tropicália

Caetano canta Tropicália. Muito bom!



http://www.youtube.com/watch?v=9754NizSyIA

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O MAPA DESIGUALDADES DIGITAIS NO BRASIL


A Ritla
divulgou em 7 de agosto o resultado do estudo intitulado MAPA DAS DESIGUALDADES DIGITAIS. Elaborado por Júlio Waiseltisz o trabalho de 44 páginas procura analisar " as diversas fraturas econômicas, raciais, culturais, educacionais." no Brasil. Ao tentar produzir um diagnóstico sobre as desigualdades digitais nas diversos estados da federação, elabora metodologia que pretende medir o grau de concentração dos recursos por faixas de renda. Constrói índices de desigualdade de acesso gratuito e escolar, entre outros.Usa os resultados da PNAD do IBGE. Na área da educação confirma o que o senso comum já apontava:os benefícios da informatização acompanham bem de perto a condição sócio- econômica dos estudantes. Como vem se tornando usual em estudos do gênero (comparativo), elabora um ranking com base no índice das desigualdade digitais. Os estados que apresentam melhores posições relativas são:Distrito Federal, São Paulo seguido do Rio de Janeiro. Já os piores índices ficam por conta de Alagoas- o mais desigual do Brasil- seguido do Piauí e de Sergipe nessa ordem. Alguns comentários exigem maiores reflexões. Por exemplo, sua conclusão de que a elevada concentração de recursos, renda, etc torna utópica ( que usou no sentido de irrealizável) a inclusão digital pela via individual. Propõe estratégias coletivas e sociais. É para se pensar.
Mas o como fazer é essencialmente político. Questão candente e não resolvida.
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segunda-feira, 30 de julho de 2007

BRIC




BRIC, NOVO MODISMO?




Um novo acrônimo, do economês do mundo dos negócios, vem ganhando popularidade rapidamente : BRIC, iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China, produzido no rastro da expectativa da ascensão das economias desses países. Sua criação é usualmente atribuída ao grupo de pesquisas econômicas do Goldman Sachs do qual faz parte Jim Óneill, entre outros. Valendo-se de estudos demográficos, tendências de crescimento de mercados, estimativas de produção, além da boa dose de otimismo, a equipe de pesquisadores do referido Banco vaticinou que, nas próximas décadas, os países do BRIC suplantarão as economias líderes. Até mesmo a liderança norte- americana estaria em questão. De acordo com as projeções por eles realizadas, a economia chinesa ultrapassaria a dos Estados Unidos até 2050. Os números que apresentaram, ainda em outubro de 2003, são efetivamente impressionantes. Apenas para o período 2005/2015 estaria prevista a inclusão de cerca de 800 milhões de pessoas no mercado como novos consumidores.
O emprego generalizado do termo vem despertando expectativas variadas e, às vezes, conflitantes. Na visão dos homens de negócio, a emergência desse grupo de países para a linha de frente das economias do futuro representará a mais importante mudança da economia mundial, na primeira metade desse século recém- inaugurado. A expectativa é alimentada pelos prognósticos para as próximas décadas. Ao prever que as economias dos quatro países alcançarão a liderança da economia mundial, a equipe surpreendeu e estimulou a imaginação de muitos. Afinal, incluiu a superação da economia americana pela economia da China entre as previsões... Surpreendeu, também, ao situar as economias dos países que fazem parte do BRIC entre as prováveis sete maiores economias do planeta nas próximas décadas. Deixando para trás as fortes economias da Alemanha e Japão. Desta forma, o sucesso no mundo dos negócios seria fortemente influenciado pelos resultados econômicos alcançados pelos países do BRIC.
Estudo muito recente, dessa vez patrocinado pela OCDE e divulgado em junho passado, também atribui papel de destaque a esse grupo de países emergentes. A publicação
OCDE EMPLOYMENT OUTLOOK- 2007 dedica o seu primeiro capítulo à análise do Mercado de Trabalho no Brasil, Rússia, Índia e China. Lembra que, em 2005, o grupo BRIC representou 42% da população mundial e 45% da força de trabalho. Para esse mesmo período, os países reunidos na OECD respondiam por cerca de 19% da população e igual porcentagem da força de trabalho. Vale recordar que esse organismo se constituiu num fórum que congrega 30 países. Converteu-se num local onde os governos podem comparar experiências de políticas públicas, buscar em conjunto soluções para problemas comuns e coordenar políticas domésticas e internacionais. No referido estudo, os países do BRIC são apresentados como grandes novos atores nas atividades de comércio e investimento. Ao discutir a situação atual, qualifica-a como resultante de um processo de globalização em escala jamais vista. Ao citar casos recentes de integração econômica, recorre ao exemplo dos países do BRIC. Destaca que esses incorporaram muitos serviços intensivos em mão de obra. E não apenas atividades industriais, como ocorrera no passado. Associa o avanço da globalização ao rápido processo de adoção das TIC- Tecnologias de Informação e Comunicação. Contudo, a trajetória das economias emergentes no campo das TIC também já fora objeto de atenção particular de grupos acadêmicos. Em 2001, logo em seguida ao bug do milênio, e certamente antevendo que algo de importante já estava em curso nessa parte do mundo o Massachussets Institute of Technology-MIT, promoveu a pesquisa Slicing the Knowledge- based Economy in Brazil, China and Índia. Esse trabalho compreendeu a realização de estudo comparativo sobre a evolução dos mercados de software naqueles 3 países, a partir de estudos individuais em cada um deles.
Quais características comuns os países do BRIC apresentam? Em que se diferenciam entre si e o que os distinguiria significativamente do segmento dos países desenvolvidos? Em comum, certamente, apresentam a grandiosidade numérica das suas respectivas populações e a elevada carência material de parte substancial do seu povo.Entre si se diferenciam pela herança cultural, histórica, religiosa, política. Ainda assim, poderiam essas nações representar um bloco? E, mais que isso, uma unidade de análise consistente e que apresentasse especificidade capaz de justificar tratamento conceitual em comum e não apenas estatístico? BRIC seria uma justaposição arbitrária de economias e experiências que careceriam de um mínimo de unidade? São indagações como essas que novos estudos e a experiência devem tentar responder.
A análise das repercussões do processo de globalização nas economias de um grupo de países reunidos no âmbito da OCDE aponta para fatos e tendências importantes.Os trabalhadores nos países da OCDE estariam cada vez mais preocupados com suas capacidades de manter os respectivos empregos. O documento publicado por aquele organismo destina longo espaço à análise do comércio internacional e mercado de trabalho desde 1980. Conclui que empregos e salários estão mais vulneráreis a choques externos. E, com isto, reduz -se o poder de negociação dos trabalhadores, especialmente os de mais baixa qualificação. O offshoring ou seja, a realocação de um negócio, de uma atividade econômica, (produção,manufatura, ou serviços ) de um país para outro, ou mesmo a simples ameaça da sua adoção, desponta como uma importante força a contribuir para o aumento da vulnerabilidade dos empregos e salários. A política do offshoring permitiria às empresas responder com mais flexibilidade aos choques externos, através de mudanças na produção e na relação entre o que é realizado localmente e o trazido de fora. Numa postura fatalista, sustenta que a manutenção de barreiras somente prejudicaria a obtenção dos melhores benefícios de uma globalização já inexorável. Porque aquelas se destinariam a apenas preservar empregos sem futuro...
Não deixa de ser revelador observar - no mesmo documento que estuda as economias dos países do BRIC, mercado de trabalho, emprego - a veemente defesa da flexicurity . Para alguns, ainda pode parecer estranha essa nova combinação de dois conceitos: flexibilidade e segurança. É mesmo polêmica e ambígua. Mas consta da agenda da União Européia que reúne 27 Estados Nacionais. Os mais críticos diriam que, na realidade, se trata de mais flexibilidade para contratar e demitir. Submeter a organização do trabalho à lógica do mundo dos negócios globalizados. Mesmo reconhecendo a importância e necessidade de harmonizar regionalmente as legislações trabalhistas e previdenciárias de diversos países com tradição, histórias e políticas distintas, não se pode omitir que subjacente a esse propósito também está presente a preocupação com a deslocalização de empreendimentos. O risco de vê-los transferidos, e aos empregos, para países de fora da região. Especialmente aqueles que seguiriam na direção de nações com baixa rigidez na sua legislação trabalhista, menores custos, mão- de -obra barata, treinada e farta: a provável razão do modismo do BRIC. China à frente como virtual fábrica do mundo. Seria isso o prenúncio de uma radicalização neoliberal, alimentada pela disputa para remunerar menos o trabalho em escala global?
Arthur Pereira Nunes
Publicado no Caderno de Educação da Folha Dirigida julho/2007

quarta-feira, 23 de maio de 2007

NEUTRALIDADE DA INTERNET

Carlos Afonso publicou importante e muito didático artigo sobre a discussão a respeito da neutralidade da Internet e suas consequências práticas aqui e lá fora. Para quem estiver interessado em compreender a natureza das polêmicas associadas à disputa entre operadoras de telefonia, provedores de acesso, custos, censura, etc esse é um ótimo caminho.

terça-feira, 1 de maio de 2007

MUNDIALIZAÇÃO E FRANÇOIS CHESNAIS


Instigante artigo publicado por Chesnais está disponível na

Correspondencia de Prensa - Dossier Nº 35 - Abril 2007



Sob o título Mundialización:
Extrema pobreza, destrucción del medio ambiente y guerras
La irracionalidad fundamental del capitalismo está en el núcleo de la crisis de civilización planetaria
Nesse
artigo de 46 páginas, Chesnais analisa o processo de mundialização do capital, suas implicações teóricas, repercussões no modelo de desenvolvimento e na configuração do novo sistema de poder. Destaco a análise da culminação do “mercado mundial” com a implantação profunda do capitalismo em partes importantes do mundo, antes controladas pelo imperialismo, e que hoje se mostram competidoras dos países capitalistas centrais: China e Índia. Procura construir o desenho de um novo período caracterizado pelo deslocamento do eixo político para a Ásia, marcado pela presença cada vez mais central da China. Ressalta sua transformação em “fábrica do mundo,”- impulsionada por mecanismos endógenos e pela massiva ajuda privada estrangeira com a chegada das corporações transnacionais americanas, japonesas e européias. Ao mesmo tempo relembra que esses países (China e Índia) têm tamanho, civilização multisecular, e provavelmente ambições e projetos que deverão influenciar nas mudanças de cenário nas relações políticas, econômicas e militares futuras. Além de acrescentar gigantescas populações a alimentar um exército industrial de reserva. Afirma que o modelo neoliberal de crescimento não permitiu a incorporação de grandes massas e aumentou a distância social, agravando o processo de exclusão.O "descolamento" do segmemento financeiro do processo da produção é outra característica desse processo que acentua a tendência dos resultados de curto prazo, da especulação finaceira com repercusões no meio ambiente e na violência nos aglomerados urbanos. Dinheiro para fazer mais dinheiro, pouco importando o que é produzido,desde que dê resultado econõmico e acelere o processo de acumulação.




Inicia o artigo com uma advertência. Vale apena repetí-la.
"Una advertencia inicial, porque el título puede ser equívoco. Este artículo no hace una presentación y análisis referido a los tres campos mencionados, sino que es apenas un intento de clasificación de las formas contemporáneas de guerra. Propone un marco analítico a ser alimentado con nuevos datos, de modo que su configuración pueda ir cambiando"....

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terça-feira, 10 de abril de 2007

ELEIÇÕES NA FRANÇA

  1. SOCIEDADE DOCONHECIMENTO EM PLANO DE GOVERNO?
  2. MICHEL ROCCARD acaba de entreagar à candidata socialista à presidência da França Ségolène Royal um documeto intitulado Por uma Sociedade do Conhecimento Aberta. É um cojunto de propostas e teses sobre condução das ações no âmbito de um programa de governo. Governança da Internet, TV Digital, compartilhamento do conhecimento, propriedade intelectual são temas em destaque. A íntegra do documento original está disponível acima. É só clicar sobre o texto grifado.
  3. Verso de Gilberto Gil é lembrado na introdução do documento ( da música Pela Internet). Aliás, cultura é um dos temas destacados nas propostas.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

TECNOLOGIA NA PONTA DOS DEDOS?

Em meados dos anos oitenta, a discussão sobre a importância da capacitação tecnológica para o desenvolvimento nacional atingiu o grande público, através dos meios de comunicação. Anúncio maciçamente veiculado por uma grande multinacional do setor de informática dizia o seguinte: "a tecnologia está na ponta dos dedos" Com isso, tentava simbolizar - diziam alguns- que era perda de tempo o país se envolver com projetos de desenvolvimento de tecnologia própria. A tecnologia ficara tão simples e popular que qualquer um poderia usar um microcomputador (dedos ágeis seriam suficientes).Outros mais "técnicos" faziam leitura ligeiramente elaborada, afirmando que a popularização da tecnologia alcançaria a todos. Portanto, o grande esforço seria o de aprender a usar. Alguns outros observavam esses anúncios a partir do conceito de autonomia tecnológica ou seja: capacidade de concepção, projeto, desenvolvimento, fabricação e uso como etapas essenciais a um projeto de país. E não gostavam nem um pouco da mensagem.
No atual momento, quando volta -se a falar em planejar o futuro, pensar o país também no longo prazo, o conceito de desenvolvimento torna a ser considerado. Visto que não se trata mais de apenas planejar a estagnação, a recessão, a questão tecnológica conquista espaço nas esferas de políticas públicas.
Observado com os olhos de hoje, o anúncio daquela multinacional estaria obsoleto.
Afinal, uma das mais importantes feiras de tecnologia européia ( Feira de Hannover) acaba de premiar uma empresa austríaca. Motivo? Desenvolveu um sistema capaz de permitir que pessoas com limitações de movimento comuniquem-se, mediante emprego de ondas cerebrais. Valendo-se de eletrodos implantados no cérebro, é possível a essas pessoas controlar o uso de um cursor de um microcomputador sem mover um dedo sequer.
Mas o dilema enunciado na campanha publicitária daquela multinacional permanece atualíssimo. A tecnologia estaria na ponta dos dedos (ou no cérebro, ou, quem sabe, no coração)? Carecemos de adestramento para usar de modo correto os produtos da indústria do conhecimento? Ou precisamos desenvolver a capacidade para também conceber, projetar, produzir, utilizar e comercializar esses produtos? Essas e outras soluções?
Estudos recentes, empregando distintas metodologias, vêm apontando as dificuldades enfrentadas, no Brasil, pelas atividades industriais que se caracterizam pelo emprego intensivo de tecnologia. Levando-se em conta os segmentos que se convencionou denominar de alta intensidade tecnológica, observa-se que apresentam déficit nas suas relações comerciais com o exterior. Nesse caso se encontram, por exemplo, os setores da indústria farmacêutica, de telecomunicações, informática, componentes eletrônicos, instrumentos médico – hospitalares de precisão. Nessa categoria de produtos (alta intensidade), apenas a indústria aeronáutica é superavitária. Resultado direto do projeto ITA que está na origem da EMBRAER.Outros setores que integram o segmento de média – alta intensidade tecnológica também apresentaram resultados deficitários no ano de 2006. A despeito da importante indústria automobilística, que faz parte esse segmento, apresentar quase 9 bilhões de dólares de exportação.
Já os segmentos de baixa intensidade tecnológica apresentam saldos comerciais positivos, embora não alcancem magnitude suficiente para compensar as perdas nas transações com o exterior sofridas pelo segmento de alta intensidade tecnológica. Vale dizer, o superávit comercial alcançado pelo Brasil em 2006 decorreu principalmente dos resultados obtidos com os saldos comerciais dos setores agropecuário e extração mineral, com a colaboração do segmento de transformação industrial de baixa intensidade tecnológica.
É fato reconhecido, aqui e lá fora, que o comércio intrafirma (entre filiais das multinacionais) praticamente determina o fluxo de comércio no segmento de alta intensidade tecnológica.
O retrato do panorama industrial brasileiro recente mostra que o segmento de baixa intensidade tecnológica emprega grande quantidade de trabalhadores. Em seguida vem o segmento imediatamente superior em (média – baixa) intensidade tecnológica. Contudo, os resultados obtidos nas transações com o exterior são insuficientes para compensar as perdas do segmento de alta intensidade tecnológica. Daí o déficit comercial do conjunto da indústria de transformação. No setor de serviços, ao se considerar seu desempenho a partir dos dados da publicação Balanço de Pagamentos Tecnológico (publicado pela FAPESP), a situação não é muito diferente daquela aqui antes relatada.
Essas são questões relevantes no exame de estratégias de desenvolvimento de longo prazo: qual modelo de desenvolvimento perseguir. O projeto nacional de desenvolvimento.
O Brasil formou mais de 16 mil doutores somente em 2006. Segundo os números disponíveis e mantido esse ritmo de titulação, parece muito razoável estimar que o país poderá contar cerca de cem mil doutores, ao final de 2010, em todas as áreas reunidas. Se para adestrar apenas para o uso da tecnologia, pode parecer muito. Contudo se a destinação for projetar, desenvolver, produzir, empregar todo o potencial da inteligência criativa e colocá-lo a serviço das necessidades do país, será um bom recomeço.Tecnologia na ponta dos dedos...Mas, espero sinceramente, também na inteligência e no coração do brasileiro.

Arthur Pereira Nunes
Publicado no Caderno de Educação da Folha Dirigida de 3/4/2007

quinta-feira, 15 de março de 2007

TECNOLOGIA CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO

O reconhecimento da importância da atividade de inovação está na raiz de diversos estudos recentes sobre níveis de intensidade tecnológica na indústria.Isso em virtude da expectativa de sua contribuição para o crescimento econômico. A OECD - Organisation for Economic Co-operation and Development - patrocinou estudo que constitui referência para as análises comparativas sobre esforços empreendidos no domínio da inovação e seus impactos na economia. No Brasil, iniciativas patrocinados por instituições da comunidade empresarial e acadêmica se somam às ações empreendidas no âmbito do IBGE e utilizam classificações de nível de atividade tecnológica em suas análises.
Mas, afinal, qual sua utilidade e o que mostram esses estudos?
A taxionomia do nível de intensidade tecnológica aplicada na Pesquisa Industrial Anual (PIA Empresa/ IBGE) apontou para os seguintes principais resultados. Grosso modo, o setor de (a) alta intensidade tecnológica reúne as seguintes principais áreas industriais: equipamentos de transporte, equipamentos médico-hospitalares, eletrônicos, e de comunicações além de outras máquinas e equipamentos. Já o setor de (b) média / alta intensidade congrega os produtos farmacêuticos, produtos de fumo, químicos, celulose, outras pastas para fabricação de papel, peças para acessórios de veículos. Nas indústrias que compõem o segmento de alta intensidade tecnológica, a razão entre gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) / Receita Líquida de Vendas se situa em 1.31 %. No segmento de média / alta intensidade tecnológica a relação cai para 0,63. Na outra
extremidade, baixa intensidade tecnológica, a relação mergulha para 0.21% . Na pesquisa supra citada e representativa de 137 mil empresas, os setores de(a) alta e(b) média / alta intensidade tecnológica respondiam juntos por cerca de 18% da quantidade de empresas e 26% do total de pessoas empregadas. No outro extremo, os setores de baixa e média / baixa intensidade tecnológica, reunindo 82% da quantidade de empresas, respondiam por 74% do pessoal empregado. A pesquisa mostrou também que quase metade do pessoal empregado na indústria do país trabalha no segmento de baixa intensidade tecnológica e responde pela produção de valor adicionado quase equivalente ao produzido pelos trabalhadores do setor da alta tecnologia (onde atuam apenas 15% do pessoal empregado na indústria). Mostrou, ainda, que a produtividade do trabalho, ou seja, o valor da transformação industrial dividido pela quantidade de pessoal empregado é, em média, três vezes superior no setor de alta tecnologia. Produz mais valor com menos gente.
Da mesma forma que a taxionomia da intensidade tecnológica pode merecer eventuais reparos metodológicos, igualmente cuidadosa deve ser a sua aplicação em análises de estratégias de desenvolvimento. Afinal, (alta, média / alta, média baixa, baixa intensidade tecnológicas) não são categorias historicamente representativas do mesmo tipo de indústria, em variados países, economias e épocas. Auxiliam a traçar um retrato, mas não possibilitam compreender a dinâmica do processo histórico de suas construções. Isso significa dizer que políticas orientadas para a busca de eventuais simetrias com os perfis de economias e sociedades, ditas desenvolvidas, pode induzir a equívocos desastrosos. As tentativas de replicar estruturas produtivas, à imagem e semelhança das "economias modelo", podem representar
frustrante aventura. E a crescente contestação do modelo neoliberal reflete a rejeição desse caminho.
Portanto,os cuidados devem ser multiplicados.Os rankings devem ser relativizados. Isso não deve significar um pacto com a mediocridade, o imobilismo ou o atraso. Ao contrário, urge construir novos caminhos e novas métricas, que também contribuam para compreender e modificar a dinâmica, o sentido e as prioridades do desenvolvimento. Anos de estagnação econômica das décadas perdidas transformaram crescimento econômico em pauta arrojada. Crescimento e desenvolvimento são fenômenos distintos. Implicam em políticas públicas diferenciadas. Em ambas, entretanto, o conhecimento tecnológico desempenha papel essencial. A questão é saber construí-lo para poder usá – lo adequadamente, de acordo com as necessidades do desenvolvimento do país.E não apenas subir algumas posições num ranking discutível.

Arthur Pereira Nunes
Caderno Educação Folha Dirigida 13/3/ 2007

terça-feira, 6 de março de 2007

MENSURAÇÃO DA INOVAÇÃO

Não se trata aqui de repetir os argumentos usados para justificar a importância da inovação para o crescimento da atividade econômica. Nosso propósito é discutir as formas de mensurar a inovação -esforço que demanda consideráveis recursos. No que concerne o setor industrial, a melhor fonte disponível é a PINTEC (Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica) que se encontra na sua terceira edição, agora com base em dados de 2005. A construção de indicadores regionais e nacionais, ao mesmo tempo em que busca proporcionar comparabilidade internacional, é um dos méritos desse empreendimento. Produz importante retrato da inovação nesse setor da economia ao coletar dados sobre produtos e processos, gastos com P&D, quantidade de pessoas empregadas, modalidades de contratação, tempo dispendido nas atividades inovativas, patentes, e outras mais no Brasil.
Outra modalidade de mensuração é empregada pelos estudos da OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD). Neste caso, os segmentos de atividade econômica são divididos conforme o grau de intensidade tecnológica da produção. Essa metodologia balizou diversos outros estudos como, por exemplo, os realizados pelo
IEDI , SEBRAE, Ministério do Desenvolvimento. Já o estudo sobre comércio exterior promovido pela Fapesp a respeito Do Balan;ode pagamento TECNOL[OGICO usa como referência a relação valor em dólar/peso(kg) dos produtos exportados para atribuir o nível da intensidade tecnológica incorporada no bem comercializado.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

O questionário da PINTEC

A PINTEC tem como principal objetivo conhecer as atividades inovativas desenvolvidasnas empresas industriais, de telecomunicações, de atividades de informática e serviçosrelacionados e de pesquisa e desenvolvimento, de modo a acompanhar sua evolução no tempo.Ela é dirigida às empresas registradas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) doMinistério da Fazenda, e que no cadastro do IBGE constam ter atividade principal compreendidanas seções C e D (indústrias extrativas e indústrias de transformação, respectivamente), no grupo64.2 (telecomunicações) e nas divisões 72 e 73 (atividades de informática e serviços relacionadose pesquisa e desenvolvimento, respectivamente).

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Diretoria de Pesquisas
Coordenação de Indústria
Pesquisa de Inovação Tecnológica
PINTEC - 2005
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO
Rio de Janeiro
2006
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SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................................................................... 5
1. Introdução ...................................................................................................................................... 7
1.1 – Obrigatoriedade e Sigilo das informações........................................................................ 7
1.2 – Informações Gerais.............................................................................................................. 7
2. Características da empresa............................................................................................................. 9
3. Produtos e processos tecnologicamente novos ou substancialmente aperfeiçoados........... 11
3.1 – Inovação de Produto........................................................................................................... 11
3.2 – Inovação de Processo.......................................................................................................... 13
3.3 – Projetos incompletos ou abandonados............................................................................. 15
4. Atividades inovativas..................................................................................................................... 15
4.1 – Pesquisa e desenvolvimento (P&D).................................................................................. 16
4.2 – Aquisição externa de P&D................................................................................................. 18
4.3 – Aquisição de outros conhecimentos externos................................................................. 18
4.4 – Aquisição de software ........................................................................................................... 18
4.5 – Aquisição de máquinas e equipamentos........................................................................... 19
4.6 – Treinamento......................................................................................................................... 19
4.7 – Introdução das inovações tecnológicas no mercado...................................................... 19
4.8 – Projeto industrial e outras preparações técnicas.............................................................. 20
5. Dispêndios....................................................................................................................................... 20
5.1 – Dispêndios com P&D interno........................................................................................... 20
5.2 – Dispêndios com aquisição externa de P&D................................................................... 21
5.3 – Dispêndios com aquisição de outros conhecimentos externos.................................... 21
5.4 – Dispêndios com aquisição de software avançado ............................................................. 21
5.5 – Dispêndios com aquisição de máquinas e equipamentos.............................................. 22
5.6 – Dispêndios com treinamento............................................................................................. 22
5.7 – Dispêndios com introdução das inovações tecnológicas no mercado......................... 22
5.8 – Dispêndios com projeto industrial e outras preparações técnicas................................ 23
6. Fontes de financiamento das atividades inovativas.................................................................... 23
7. Atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).................................................... 23
8. Impactos das inovações.................................................................................................................. 25
9. Fontes de informação..................................................................................................................... 26
10. Cooperação para inovação........................................................................................................... 26
11. Apoio do governo........................................................................................................................ 26
12. Patentes e outros métodos de proteção..................................................................................... 28
13. Problemas e obstáculos à inovação............................................................................................ 28
14. Outras importantes mudanças estratégicas e organizacionais................................................ 30
Anexo I................................................................................................................................................. 31
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APRESENTAÇÃO
É crescente o reconhecimento da utilidade da informação estatística e da necessidade de
empregá-la na tomada de decisão, visando reduzir sua incerteza e complexidade. Neste contexto,
têm sido ampliados os temas sobre os quais a sociedade requer informação. Diante do intenso e
rápido processo de mudança técnica, tornou-se urgente a criação de um sistema de informações
sobre as atividades de inovação tecnológica das empresas no Brasil.
Em vários países, sobretudo europeus, esse tipo de informação já vem sendo coletada há
alguns anos e existem recomendações internacionais, em termos conceituais e metodológicos,
para o seu levantamento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com o apoio da Financiadora de
Estudos e Projetos – FINEP, está lançando a Terceira Pesquisa de Inovação Tecnológica -
PINTEC, ano–base de 2005, que visa pesquisar as empresas industriais e as de serviços de alta
tecnologia, ou seja, empresas de telecomunicações, de atividades de informática e serviços
relacionados, e de pesquisa e desenvolvimento, assim como atualizar as informações levantadas
nas PINTEC 2000 e 2003, seguindo as recomendações internacionais.
As informações de sua empresa são essenciais para o conhecimento destas atividades, na
medida que são a matéria-prima básica da construção das estatísticas econômicas, cuja qualidade,
confiabilidade e atualidade, dependem, fundamentalmente, da fidedignidade e presteza com que
são informadas.
A Coordenação de Indústria e a rede de coleta do IBGE colocam-se à disposição para
fornecer os esclarecimentos necessários sobre a pesquisa, através do telefone 0800 – 218181,
pelo endereço eletrônico pintec@ibge.gov.br, ou pela página www.pintec.ibge.gov.br.
Desde já, agradecemos sua colaboração respondendo ao questionário com a necessária
agilidade e exatidão.
Silvio Sales de Oliveira Silva
Chefe da Coordenação de Indústria
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1. INTRODUÇÃO
Este manual tem por finalidade apresentar e esclarecer os principais conceitos da Pesquisa
de Inovação Tecnológica - PINTEC, visando oferecer às empresas as informações necessárias ao
preenchimento do questionário, para garantir a uniformidade das respostas e a qualidade dos
resultados.
A PINTEC tem como principal objetivo conhecer as atividades inovativas desenvolvidas
nas empresas industriais, de telecomunicações, de atividades de informática e serviços
relacionados e de pesquisa e desenvolvimento, de modo a acompanhar sua evolução no tempo.
Ela é dirigida às empresas registradas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do
Ministério da Fazenda, e que no cadastro do IBGE constam ter atividade principal compreendida
nas seções C e D (indústrias extrativas e indústrias de transformação, respectivamente), no grupo
64.2 (telecomunicações) e nas divisões 72 e 73 (atividades de informática e serviços relacionados
e pesquisa e desenvolvimento, respectivamente).
1.1 – Obrigatoriedade e Sigilo das informações
O caráter obrigatório e confidencial atribuído às informações solicitadas pelo IBGE
consta do Decreto nº 73.177 de 20 de novembro de 1973, que regulamenta a lei nº 5.534 de 14 de
novembro de 1968, modificada pela lei nº 5.878 de 11 de maio de 1973. Destinadas
exclusivamente a fins estatísticos, as informações coletadas são mantidas em códigos (que
inviabilizam a identificação da procedência), não podem ser objeto de certidão e nem têm eficácia
jurídica como meio de prova.
1.2 – Informações Gerais
As informações solicitadas devem ser respondidas com o auxílio de um técnico do IBGE,
que estará contatando por telefone a empresa, buscando identificar, antecipadamente, o
profissional do quadro que detenha as informações requeridas pela pesquisa e agendando a
entrevista, que poderá ser feita via telefone ou por meio de visita à empresa, conforme o porte da
mesma.
• Período de referência das informações: a pesquisa tem duas referências temporais:
- a maioria das variáveis qualitativas se refere a um período de três anos consecutivos, de
2003 a 2005. Por exemplo, as inovações de produto e/ou processo se referem àquelas
implementadas nestes três anos;
- as variáveis quantitativas (gastos e pessoal ocupado em P&D, impacto da inovação de
produto sobre as vendas e as exportações, etc.) e algumas variáveis qualitativas (patentes
em vigor, por exemplo) se referem ao último ano do período de referência da pesquisa,
ou seja, 2005.
A referência de cada variável está definida na própria formulação da questão.
• Unidade de investigação: é a empresa, definida como sendo a unidade jurídica
caracterizada por uma firma ou razão social, que engloba o conjunto de atividades
econômicas exercidas em uma ou mais unidades locais e que responde pelo capital investido
nestas atividades. Em termos práticos, a uma empresa corresponde a uma única raiz do
registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e vice-versa.
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• Questionário: o questionário da PINTEC é composto de um capítulo inicial, de
Identificação da Empresa, e de mais 12 capítulos destinados a pesquisar as seguintes
informações:
- Características da empresa;
- Produtos e processos tecnologicamente novos ou substancialmente aperfeiçoados;
- Inovação de produto;
- Inovação de processo;
- Projetos incompletos e abandonados;
- Atividades inovativas;
- Fontes de financiamento das atividades inovativas;
- Atividades internas de pesquisa e desenvolvimento (P&D);
- Impactos das inovações;
- Fontes de informação;
- Cooperação para inovação;
- Apoio do governo;
- Patentes e outros métodos de proteção;
- Problemas e obstáculos à inovação; e
- Outras importantes mudanças estratégicas e organizacionais.
Cada um desses capítulos divide-se em itens, que podem, excepcionalmente, ser
compostos por sub-itens.
O manual se concentra nos capítulos e itens da pesquisa que demandam maiores
esclarecimentos e, principalmente, em alguns conceitos que devem ser apreendidos de maneira
precisa para que se possam alcançar os objetivos propostos. Dentre eles, destacam-se os
conceitos de:
• Inovação tecnológica – definida pela introdução no mercado de um produto (bem ou
serviço) tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou pela introdução na
empresa de um processo produtivo tecnologicamente novo ou substancialmente
aprimorado;
• Atividades inovativas – definidas como o esforço empreendido pela empresa no
desenvolvimento e implementação de produtos (bens ou serviços) e processos
tecnologicamente novos ou aperfeiçoados. A pesquisa procura mensurar este esforço em
termos monetários, através de estimativa dos dispêndios nestas atividades;
• Outras importantes mudanças estratégicas e organizacionais – tais como: mudanças
na estratégia corporativa; na estrutura organizacional; nos conceitos/estratégias de
marketing; nas técnicas de gestão; na estética, desenho ou outras mudanças subjetivas dos
produtos.
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2 – CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA
Este capítulo contempla os seguintes itens:
Item 1 – Indique a origem do capital controlador da empresa.
Capital controlador é aquele que é titular de uma participação no capital social que lhe assegura a
maioria dos votos e que, portanto, possui direitos permanentes de eleger os administradores e de
preponderar nas deliberações sociais, ainda que não exerça este direito, ausentando-se das
assembléias ou nelas se abstendo de votar.
• Código 1 - Nacional - o capital controlador é nacional quando está sob titularidade direta ou
indireta de pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no país.
• Código 2 - Estrangeiro - o capital controlador é estrangeiro quando está sob titularidade
direta ou indireta de pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas fora do país.
• Código 3 - Nacional e Estrangeiro – a titularidade direta ou indireta do capital controlador
está dividida entre pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no país e domiciliadas
fora do país, ou seja, quando houver majoritários com participações muito semelhantes tanto
nacional como estrangeiro.
Ex.1: Se uma empresa é composta de 20% de capital estrangeiro e 80% de capital nacional,
porém esses 80% estão pulverizados de forma que nenhum dos acionistas possua mais de 19%, o
capital controlador é estrangeiro, caso este seja de um único acionista.
Ex.2: A empresa A situada no território nacional é controlada pela empresa Matriz, situada no
exterior. A empresa A possui outras empresas no país.
Empresa A
Empresa 1
Empresa 2
Empresa 3
Empresa Matriz
Território Nacional
Neste caso, o capital controlador da
Empresa A é estrangeiro, porém as
empresas 1, 2 e 3, controladas pela Empresa
A, têm o capital controlador nacional, visto
que a controladora está em território nacional.
Ex.3: A Holding, situada no território nacional, é controlada pela empresa Matriz, situada no
exterior. A Holding controla outras empresas no país.
Holding
Empresa 1
Empresa 2
Empresa 3
Empresa Matriz
Território Nacional
O caso da holding é uma exceção.
Neste caso, o capital controlador da
Holding e das empresas 1, 2 e 3 é
estrangeiro.
Embora a holding esteja em território nacional
o capital das empresas 1, 2 e 3 também é
estrangeiro pelo fato da holding ser “apenas”
uma administradora.
Item 2 – Assinale a localização geográfica do capital controlador estrangeiro.
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Item 3 – Assinale se a empresa é independente ou faz parte de um grupo no Brasil.
Quando uma empresa estrangeira não fizer parte de um grupo no Brasil, deverá ser considerada
como independente.
Item 4 – Indique qual a relação da empresa com o grupo.
• Código 1 - Controladora - é aquela que exerce, direta ou indiretamente, o poder (exercido nas
3 últimas assembléias ordinárias) de eleger a maioria dos administradores e de preponderar
nas deliberações sociais de outra (s) sociedade (s).
• Código 2 - Controlada - é aquela na qual a controladora possui, direta ou indiretamente (por
meio de outra controlada), condição considerada permanente de eleger a maioria dos
administradores e de preponderar nas deliberações sociais.
• Código 3 - Coligada – é aquela na qual a investidora participa com pelo menos 10% do seu
capital, sem controlá-la.
Item 5 – Assinale qual o principal mercado de atuação da empresa, ou seja, aquele em que a
empresa obteve o maior faturamento entre 2003 e 2005.
• Código 1 – Estadual – Estado onde a empresa se localiza.
• Código 2 – Regional – Grande Região Geográfica onde se localiza a empresa (Norte,
Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste).
• Código 4 – Mercosul – Compreende os países: Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai.
Item 6 – Descreva o produto (bem ou serviço) mais importante da empresa: o carro-chefe da
empresa em termos de faturamento.
Item 7 – Assinale o tempo que o produto (bem ou serviço) mais importante da empresa
permanece no mercado com as mesmas especificações, ou seja, até que seja substituído ou
substancialmente aprimorado/modificado nas suas características básicas. Assim, este item não
deve ser compreendido como sendo o prazo de validade do produto. Ex.: Se o principal produto
da empresa for pão de forma, o que se quer saber é: quanto tempo a empresa leva para aprimorar
ou substituir o produto, ou seja, lançar um produto novo, e não o prazo de validade que
geralmente é de 10 dias.
Item 8 – Registre o número de pessoas assalariadas com ou sem vínculo empregatício presentes
na folha de pagamento da empresa em 31/12/2005.
Item 9 – Registre a receita líquida de vendas de produtos e serviços no ano de 2005, declarada no
balanço da empresa ou no Simples.
+ Receita Bruta da Venda de Produtos e Serviços Industriais.
+ Receita Bruta da Prestação de Serviços Não Industriais
+ Receita Bruta da Revenda de Mercadorias.
+ Receita Bruta de Outras Atividades (construção, incorporação, atividades agropastoris, etc.)
(-) Vendas Canceladas e Descontos Incondicionais
(-) Demais Impostos e Contribuições Incidentes sobre as Vendas e Serviços tais como: ICMS, ISS,
IPI; ISS; PIS/PASEP; COFINS; inclua também os impostos e contribuições recolhidos via
SIMPLES, caso a empresa tenha optado por esta forma de tributação (neste caso, não inclua a
contribuição para o PIS calculada sobre receitas que não integram o lucro bruto).
= Receita Líquida de Vendas
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3 – PRODUTOS E PROCESSOS TECNOLOGICAMENTE NOVOS OU
SUBSTANCIALMENTE APERFEIÇOADOS
Nesta pesquisa, uma inovação tecnológica é definida pela introdução no mercado de
um produto (bem ou serviço) tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou pela
introdução na empresa, de um processo produtivo tecnologicamente novo ou substancialmente
aprimorado, durante o período de 2003 a 2005.
O termo "produto", por sua vez, abrange tanto bens como serviços.
Assim, a inovação tecnológica se refere a produto e/ou processo novo (ou
substancialmente aprimorado) para a empresa, não sendo, necessariamente, novo para o mercado
de atuação. Esta inovação pode ter sido desenvolvida pela empresa ou ter sido adquirida de outra
empresa/instituição que a desenvolveu.
A inovação pode resultar de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos realizados no
interior das empresas (P&D), de novas combinações de tecnologias existentes, da aplicação de
tecnologias existentes em novos usos ou da utilização de novos conhecimentos adquiridos pela
empresa.
As inovações de produto e processo são diferenciadas de acordo com o seu grau de
novidade:
- inovação para a empresa, mas já existente no mercado/setor;
- inovação para a empresa e para o mercado/setor;
- inovação para o mundo.
Ressalta-se que o âmbito considerado para a inovação para o mercado/setor é o nacional,
ainda que o mercado de atuação da empresa seja regional ou mundial.
3.1. Inovação de Produto
As inovações de produto compreendem produtos tecnologicamente novos e produtos
tecnologicamente aperfeiçoados.
Produto tecnologicamente novo (bem ou serviço) é um produto cujas características
fundamentais (especificações técnicas, matérias-primas, componentes, software incorporado, user
friendliness, funções ou usos pretendidos) diferem significativamente de todos os produtos
previamente produzidos pela empresa.
Significativo aperfeiçoamento tecnológico de produto (bem ou serviço) refere-se a um
produto previamente existente, cujo desempenho foi substancialmente incrementado ou
aperfeiçoado, através de mudanças nas matérias primas, componentes ou em outras
características que melhoram sua performance.
Um produto simples pode ser aperfeiçoado (no sentido de obter um melhor desempenho
ou um menor custo) através da utilização de matérias-primas ou componentes de maior
rendimento. Um produto complexo, com vários componentes ou subsistemas integrados, pode
ser aperfeiçoado via mudanças parciais em um dos componentes ou subsistemas.
Um serviço também pode ser substancialmente aperfeiçoado por meio da adição de nova
função ou de mudanças nas características de como ele é oferecido, que resultem em maior
eficiência, rapidez de entrega ou facilidade de uso do produto, por exemplo.
Para tornar mais claras as definições acima, referentes à inovação de produto, sugerimos
consulta ao Anexo I. A seguir são apresentados, também, exemplos que representam uma efetiva
12
inovação de produto, bem como exemplos de mudanças de produtos que, apesar de se
diferenciarem dos anteriores, não representam uma inovação.
EXEMPLOS DE INOVAÇÃO DE PRODUTO
NA INDÚSTRIA
- Início da produção de televisões de plasma ou com tela de cristal líquido (LCD);
- Introdução de circuitos integrados aos displays de computadores (conversão dos displays em
sistemas completos);
- Lançamento de nova linha de produtos alimentares light ou bebidas diet;
- Inicio da produção de tocadores portáteis MP3;
- Mudanças em materiais em peças de vestuário como a utilização de tecidos de "respiração
ativa" e confecção de roupas com tecidos à prova d'água;
- Nova linha de calçados de couro hidrofugado, que respira e tem resistência à umidade;
- Mudança de componente ou de subsistema em produto complexo, como por exemplo, a
introdução de motores flexíveis, de freios ABS ou do uso de telemática em automóveis;
- Desenvolvimento de um novo uso para produtos existentes, como por exemplo, a derivação
de vacinas ou medicamentos de uso humano para animal e vice e versa, ou a introdução no
mercado de um novo detergente, cuja composição química é a mesma usada anteriormente
por um intermediário para a produção de couro.
NOS SERVIÇOS
- Início da oferta de novos serviços, tais como: telefone de uso público com acesso à
internet/e-mail; localização por GPS em celulares; banda larga; VoIP; etc.;
- Introdução de novo serviço telefônico baseado na convergência fixo-móvel;
- Lançamento do serviço de acesso público à internet através de redes sem fio (WI-FI - Wireless
Fidelity ou WIMAX);
- Desenvolvimento de uma nova linha de software pronto para uso, voltado para o setor
hospitalar, e que oferece aos clientes graus variáveis de suporte e manutenção;
- Introdução de novas funcionalidades em um aplicativo e/ou produto, desde que estas
ampliem significativamente a eficiência do produto para o usuário;
- A criação de páginas (site) de busca, de jogos ou de entretenimentos, na internet, usando
novas ferramentas ou tecnologias de webdesign que diferem significativamente daquelas
previamente usadas pela empresa.
EXEMPLOS DO QUE NÃO É INOVAÇÃO DE PRODUTO
- Mudanças puramente estéticas ou de estilo no produto;
- Mudanças rotineiras, menores, nas funções ou características do produto, que não
envolvam um grau suficiente de novidade ou de esforço tecnológico, e que não
acrescentem nada significativo ao seu desempenho;
- Na indústria do vestuário, a introdução, seguindo as tendências da moda, de novas cores e
cortes;
- Na informática, a introdução de um release (pequenas alterações ou correções de bugs) de
um software já existente;
- Mudanças apenas no tamanho/volume da embalagem, e mudanças no nome do produto
no mercado;
- Comercialização de produtos novos integralmente desenvolvidos e produzidos por outra
empresa;
13
Item 10 – Indique se a empresa introduziu um produto novo ou substancialmente aperfeiçoado
já existente no Brasil, ou seja, é similar a um produto já produzido por outra empresa no
território nacional.
Item 11 – Indique se a empresa introduziu um produto novo ou substancialmente aperfeiçoado
que não existia no Brasil, ou seja, não existia nenhum produto similar produzido por outra
empresa no território nacional.
Item 12 – Descreva o principal produto tecnologicamente novo ou substancialmente
aperfeiçoado.
Item 13 – Indique o grau de novidade do produto descrito no item 12.
• Código 2 – Novo para a empresa, mas já existente no mercado nacional – Ex.: empresa
alimentícia que só produzia leite e passou a produzir também iogurte.
• Código 3 – Novo para o mercado nacional, mas já existente no mercado mundial – não
existia nenhuma empresa em território nacional que produzisse aquele produto com as
mesmas especificações. Ex. a primeira empresa que produziu televisão de plasma no Brasil.
• Código 4 – Novo para o mercado mundial – não existia nenhuma empresa no mundo que
produzisse aquele produto com as mesmas especificações.
Item 13.1 – Indique se, em termos técnicos, o produto descrito no item 12 é fruto de um
aprimoramento ou é completamente novo para a empresa.
Item 14 – Assinale quem efetivamente desenvolveu a principal inovação de produto (produto
descrito) implementada e onde se localiza.
3.2. Inovação de Processo
Inovação tecnológica de processo refere-se à implementação de um novo ou
substancialmente aperfeiçoado método de produção ou de entrega de produtos.
Uma inovação tecnológica de processo pode ter por objetivo produzir ou entregar
produtos novos ou substancialmente melhorados, os quais não podem ser produzidos ou
distribuídos através de métodos convencionais já utilizados pela empresa, ou pode visar ao
aumento da eficiência produtiva ou da entrega de produtos existentes. Seu resultado, portanto,
deve ser significativo em termos da elevação do nível de produção, do aumento da qualidade dos
bens ou serviços ou da diminuição dos custos unitários de produção e entrega.
Métodos de entrega novos ou significativamente aperfeiçoados dizem respeito à
mudanças na forma de preservar e acondicionar produtos, como também à mudanças na logística
da empresa, que engloba equipamentos, software e técnicas de suprimento de insumos, estocagem
e venda de bens ou serviços.
Métodos de produção novos ou significativamente aperfeiçoados, na indústria, envolvem
mudanças nas máquinas, equipamentos, software ou nos procedimentos de organização do
processo de produção (desde que acompanhados de mudanças no processo técnico de
transformação do produto).
Nos serviços, novos ou significativamente aperfeiçoados métodos de produção envolvem
mudanças nos equipamentos ou software utilizados, como também nos procedimentos ou técnicas
que são empregados para criação e fornecimento dos serviços.
Com o objetivo de tornar mais claras as definições acima, referentes à inovação de
processo, sugerimos consulta ao Anexo I. A seguir são apresentados, também, exemplos que
14
representam uma efetiva inovação de processo, bem como exemplos de processos que, apesar de
se diferenciarem dos anteriores, não representam uma inovação.
EXEMPLOS DE INOVAÇÃO DE PROCESSO
NA INDÚSTRIA
- Adoção de novas tecnologias nas linhas de produção, como por exemplo: digitalização do
processo de impressão; processamento de matérias por laser; novos sistemas de CAD e
CAE; robotização com ou sem sensores; sistemas de inspeção e testes controlados
automaticamente por videocâmeras; maquinário de alta velocidade, bem como cortadores de
metal operando em altas velocidades; etc.
- Automatização dos processos de produção através da utilização de hardware (CLP – controles
lógicos programáveis e SDCD – sistemas digitais de controle distribuído) e de software
específico;
- Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento e/ou preservação para entrega do
produto aos clientes, como a introdução de balcões refrigerados em supermercados, a
passagem de embalagem tradicional para embalagem Tetra Pack, para resina pet, etc.;
- Automatização das logísticas de suprimento, de estoque e venda através da utilização de
sistemas just-in-time (MRP II, EDI , ERP, etc.) desde que isso implique em aperfeiçoamento
significativo do processo;
- Novos métodos de descarte de resíduos minimizando impactos ambientais;
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, por exemplo) desde que incorporem mudanças tecnológicas expressivas nos
processos (não se limitando ao lay-out ou à organização física das atividades);
NOS SERVIÇOS
- Aperfeiçoamento significativo em etapas críticas do processo de fornecimento do serviço de
telefonia (caso por exemplo, do billing, através da criação de um novo módulo no sistema);
- Modernização de protocolos utilizados em VoIP/telefonia IP, como por exemplo, para
sinalização e controle de chamadas (de H.323 para SIP, de MGCP para MEGACO).
- Utilização de ferramenta “CASE” para a criação de software por encomenda;
- Introdução de novos métodos de programação, como por exemplo: com orientação à
aspectos, métodos ágeis de desenvolvimento, etc.;
- Automatização das logísticas de suprimento, de estoque e venda através da utilização de
sistemas just-in-time (MRP II, EDI , ERP, etc.) desde que isso implique em aperfeiçoamento
significativo do processo;
EXEMPLOS DO QUE NÃO É INOVAÇÃO DE PROCESSO
- Paralisação de alguma linha de produção, embora isto possa melhorar o desempenho da
empresa;
- Compra de um número maior de máquinas de um modelo já instalado na empresa, mesmo
que este seja extremamente sofisticado;
- Mudanças pequenas, rotineiras, nos processos produtivos existentes, que não envolvam
um grau suficiente de novidade na forma como são produzidos ou entregues, e que não
acrescentem nada significativo aos seus desempenhos;
- Mudança organizacional que não está diretamente associada a alguma mudança tecnológica
incorporada a novas máquinas, equipamentos ou software;
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Item 16 – Indique se a empresa introduziu um processo novo ou substancialmente aperfeiçoado
já existente no setor no Brasil, ou seja, se existe outra empresa no mesmo setor de atuação que
possui processo similar ao que foi introduzido pela empresa.
Item 17 – Indique se a empresa introduziu um processo novo ou substancialmente aperfeiçoado
que não existia no setor no Brasil, ou seja, não existia nenhuma empresa com um processo
similar.
Item 18 – Descreva o principal processo tecnologicamente novo ou substancialmente
aprimorado.
Item 19 – Indique o grau de novidade do processo descrito no Item 18.
• Código 2 – Novo para a empresa, mas já existente no setor no Brasil – outra empresa já
operava com processo similar.
• Código 3 – Novo para o setor no Brasil, mas já existente em outro(s) país(es) – não existia no
setor nenhuma empresa que operasse com processo similar no território nacional.
• Código 4 – Novo para o setor em termos mundiais – não existia no setor nenhuma empresa
que operasse com processo similar no mundo.
Item 19.1 – Indique se, em termos técnicos, o processo descrito no item 18 é fruto de um
aprimoramento ou é completamente novo para a empresa.
Item 20 – Assinale quem efetivamente desenvolveu a principal inovação de processo (processo
descrito) e onde se localiza.
3.3. Projetos Incompletos ou Abandonados
Item 22 – Indique se a empresa tinha projetos para o desenvolvimento de produtos ou processos
novos que no final de 2005 ainda não estavam concluídos. Devemos lembrar que:
- é projeto incompleto de produto quando, até 31/12/2005, ele ainda não tinha sido
comercializado;
- é projeto incompleto de processo quando, ao final de 2005, ele ainda não havia entrado
em operação.
Item 23 – Indique se a empresa tinha projetos em execução para o desenvolvimento de produtos
ou processos novos que, entre 2003 e 2005, foram abandonados.
4 – ATIVIDADES INOVATIVAS
Atividades inovativas são todas aquelas etapas científicas, tecnológicas, organizacionais e
comerciais, incluindo investimento em novas formas de conhecimento, que visam à inovação de
produtos e/ou processos. Isto é, são todas as atividades necessárias para o desenvolvimento e
implementação de produtos e processos tecnologicamente novos ou aperfeiçoados. Estas
atividades, de maneira geral, podem se desenvolver tanto dentro como fora da empresa (e
internalizadas através da aquisição de um serviço).
Ressalta-se que, no caso de empresa pertencente a um grupo estrangeiro, as informações
se referem apenas às atividades inovativas da empresa no Brasil.
A pesquisa procura medir, em termos monetários, os recursos destinados para as
atividades inovativas. É possível que a mensuração dos dispêndios nestas atividades envolva uma
16
razoável dificuldade para algumas empresas, nas quais os planos contábeis não estão
discriminados da forma como é requerido no questionário. Por este motivo, é importante que o
responsável pelo preenchimento do questionário procure levantar, o mais precisamente possível,
as informações necessárias à definição dos valores monetários das atividades inovativas, antes da
realização da entrevista com o representante do IBGE. Deve ser dada especial atenção para não
incluir nos dispêndios com a atividade inovativa gastos com atividades que não sejam diretamente
relacionadas com a inovação de produto e processo.
4.1. Pesquisa e desenvolvimento (P&D)
O critério básico para distinguir as atividades de P&D de outras atividades relacionadas é
a presença de um apreciável elemento de novidade e a resolução de problemas científicos e
tecnológicos, quando a sua solução não seja aparente para alguém familiarizado com o estoque de
conhecimentos básicos daquela área.
A mensuração das atividades de P&D será realizada através dos dispêndios e do número
de pessoas dedicadas a esta atividade.
4.1.1.Definição de P&D
Compreende o trabalho criativo, empreendido de maneira sistemática, com o propósito
de aumentar o acervo de conhecimentos da empresa, assim como a utilização destes
conhecimentos para criar novas aplicações. A atividade de P&D engloba:
• a pesquisa básica (trabalho experimental ou teórico voltado para a aquisição de novo
conhecimento, sem ter por objetivo qualquer aplicação ou uso específico);
• a pesquisa aplicada (trabalho experimental ou teórico dirigido para um objetivo prático
específico);
• o desenvolvimento experimental (trabalho sistemático com base no conhecimento
existente, obtido através da pesquisa e experiência prática e dirigido para a produção de
novos materiais e produtos, para instalação de novos processos, sistemas e serviços, ou
para melhorar substancialmente aqueles já produzidos ou em operação).
O desenho, a construção e o teste de protótipo ou de instalações-piloto constituem muitas
vezes a fase mais importante de um desenvolvimento experimental. Um protótipo ou uma
instalação-piloto é um modelo original (ou situação de teste), que inclui todas as características e
desempenhos técnicos de novos produtos ou processos. O desenvolvimento de software também é
classificado como P&D, desde que envolva a realização de um avanço científico ou tecnológico
e/ou resolva incertezas científicas / tecnológicas em uma base sistemática.
Os seguintes exemplos ilustram as atividades de P&D em software :
- a produção de novos teoremas e algoritmos no campo teórico das ciências computacionais;
- desenvolvimento de tecnologias da informação relativas à sistemas operacionais, linguagens
de programação, gestão de dados, programas de comunicações e ferramentas para o
desenvolvimento de software;
- desenvolvimento de tecnologias de Internet (novos protocolos de comunicação);
- investigação sobre métodos para desenho, desenvolvimento, adaptação e manutenção de
software;
- desenvolvimento de software que produza avanços em resoluções gerais para a captura,
transmissão, armazenamento, recuperação, tratamento ou apresentação de informação;
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- desenvolvimento experimental orientado para completar brechas de conhecimentos
tecnológicos necessários para desenvolver sistemas ou programas;
- P&D sobre ferramentas ou tecnologias de software em áreas especializadas da informática
(processamento de imagens, apresentação de dados geográficos, reconhecimento de
caracteres, inteligência artificial e outras).
Não se considera P&D em software, por exemplo: o desenvolvimento de aplicações ou sistemas
usando métodos conhecidos ou ferramentas existentes; o suporte a sistemas existentes; a
conversão ou tradução de linguagens; a adaptação de software existente; a limpeza de erros; a
adaptação de programas para usuários específicos; e a preparação de documentação de usuários.
O desenvolvimento de atividades de P&D depende da existência de projetos, com
orçamento e objetivos específicos. Estes podem ser desenvolvidos por um departamento
interno à empresa, específico para tal fim, como também por outros departamentos da empresa,
de modo informal, com a alocação integral ou parcial de técnicos.
4.1.2. Limites das atividades de P&D
Quando são introduzidas as últimas modificações e se encerrou com êxito a fase de testes do
protótipo, ou seja, são finalizadas as atividades criativas de definição do produto, as atividades
subsequentes não são incluídas em P&D. Do mesmo modo, no caso das instalações-piloto, as
atividades de P&D se encerram quando esta instalação começa a operar normalmente como uma
unidade de produção.
As atividades ligadas à P&D podem ser categorizadas como: diretas e de apoio indireto. São
classificadas como de apoio indireto as atividades de: transporte, armazenagem, limpeza,
reparação, manutenção, seguro, etc.. Nessa pesquisa, embora os recursos humanos dedicados a
tais atividades não sejam incluídos entre o pessoal ocupado em P&D, os gastos realizados sob
esse título são contabilizados nos dispêndios em P&D.
Outras atividades científicas e técnicas devem ser excluídas da mensuração de P&D, salvo
quando se relacionarem diretamente a projetos de P&D. As seguintes atividades não devem ser
consideradas:
• Educação e formação, exceto se relacionadas a algum projeto específico de P&D;
• Outras atividades de informação científica e técnica:
- serviços de informação técnica e científica: serviços de coleta, codificação e registro de
dados, serviços relacionados ao uso de patentes, exceto nos casos em que tais atividades
sejam realizadas especificamente em função de projetos de P&D;
- testes e normalizações, referentes à atualização de normas (nacionais, internacionais ou
setoriais), assim como os testes e análises de rotina de materiais, componentes, produtos,
processos, terrenos, atmosfera, etc.;
- estudos de viabilidade de projetos de engenharia utilizando técnicas existentes, com o
objetivo de fornecer informações suplementares para a tomada de decisão. Somente os
estudos de viabilidade dos projetos de P&D (cálculos, desenhos e instruções para o set up e
a operação de plantas-piloto e protótipos) devem ser consideradas P&D;
- atividades administrativas e jurídicas relacionadas ao uso e à obtenção de patentes e
licenças;
18
- estudos de natureza política, relativos às políticas nacionais, regionais e locais, que incluem
a análise e avaliação de programas existentes, políticas ministeriais e de outras instituições,
trabalho de análise e monitoramento contínuo de fenômenos externos;
- atividades correntes de desenvolvimento de software e de sistemas existentes, tais como:
manutenção, adaptação, aumento de funções de uma aplicação, preparação de
documentação para usuário, aperfeiçoamentos e uso em novas aplicações. Apenas quando
envolverem avanços científicos e tecnológicos essas atividades devem ser consideradas
P&D;
- atividades de coleta, processamento e análise de dados (geológicos, higrológicos,
atmosféricos, sociais e econômicos, etc.) de interesse geral. Apenas a coleta de dados
diretamente relacionada a um projeto específico de P&D deve ser considerada P&D. O
mesmo vale para o processamento e análise de dados.
• Outras atividades industriais: as atividades necessárias para a produção e comercialização de
um novo produto ou a utilização de um novo processo, as atividades de pré-produção,
produção, distribuição e os vários serviços técnicos conexos.
Item 24 – Assinale a importância das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para a
implementação de produtos e/ou processos novos ou aperfeiçoados.
4.2. Aquisição externa de P&D
A atividade de P&D pode ser realizada dentro da empresa ou pode ser adquirida
externamente através da prestação de serviços de terceiros, ou seja, empresas/instituições que
realizam para a empresa as mesmas atividades relacionadas acima como de P&D.
Item 25 – Assinale a importância da aquisição externa de Pesquisa e & Desenvolvimento (P&D)
para a implementação de produtos e/ou processos novos ou aperfeiçoados.
4.3. Aquisição de outros conhecimentos externos, exclusive software
Aquisição externa de tecnologia na forma de: patentes; invenções não patenteadas;
licenças; know-how; marcas registradas; serviços de consultoria (computacionais ou técnicocientífico
de assistência técnica a projeto de engenharia e projeto industrial e outros serviços
essenciais ao desenvolvimento de novos produtos e/ou processos); acordos de transferência de
tecnologia.
Deve ficar claro que todas essas atividades e, em particular, os serviços de consultoria,
devem estar diretamente ligados à implementação de produto e processo tecnologicamente novos
ou aprimorados.
A diferença entre aquisição externa de P&D e aquisição de outros conhecimentos
externos é que, no primeiro, uma pessoa/instituição é contratada para desenvolver o P&D ou
uma parte deste e no segundo, a empresa adquiri um conhecimento previamente desenvolvido.
Item 26 – Assinale a importância da aquisição de outros conhecimentos externos para a
implementação de produtos e/ou processos novos ou aperfeiçoados.
4.4. Aquisição de software
Aquisição externa de software (de desenho, engenharia, de processamento e transmissão de
dados, voz, gráficos, vídeos, para automatização de processos, etc.), especificamente comprados
para a implementação de produtos ou processos novos ou tecnologicamente aperfeiçoados.
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Item 26.1 – Assinale a importância da aquisição de software para a implementação de produtos
e/ou processos novos ou aperfeiçoados.
4.5. Aquisição de máquinas e equipamentos
A aquisição de máquinas, equipamentos e hardware especificamente comprados para a
implementação de produtos ou processos novos ou tecnologicamente aperfeiçoados (incluindo
software integrado).
Podem ser identificados três casos:
- a instalação das máquinas e equipamentos que melhoram substancialmente o
desempenho tecnológico da empresa é uma inovação de processos;
- a instalação de máquinas e equipamentos que não melhoram o desempenho
tecnológico da empresa, mas que são necessárias à implementação de produtos
tecnologicamente novos;
- aquisição de máquinas e equipamentos ainda que modernas e mais avançadas em
relação aos modelos anteriores, que não estejam diretamente ligadas à inovação de
processo e de produto não devem ser consideradas como inovação de processo, uma vez
que estas não contribuem para a melhoria tecnológica de processo e/ou de produto. Por
exemplo, o aumento da capacidade produtiva pela incorporação de mais máquinas de um
modelo já em uso, ou mesmo a substituição de máquinas, por versões mais modernas de
um mesmo modelo.
Item 27 – Assinale a importância da aquisição de máquinas e equipamentos para a
implementação de produtos e/ou processos novos ou aperfeiçoados.
4.6. Treinamento
São incluídos apenas os programas de treinamento diretamente relacionados às inovações
tecnológicas de produto e de processo como, por exemplo, treinamento para a implantação de
novas técnicas ou no uso de novas máquinas.
A definição anterior exclui o treinamento empresarial voltado somente para inovação
organizacional ou a uma melhoria criativa do produto, ou ainda, quando não está associado à
inovação de produto e/ou processo. Dessa forma são excluídos: treinamento de novos
trabalhadores em métodos produtivos já existentes; treinamento generalizado promovendo a
reciclagem dos indivíduos (supervisores, gerentes, etc.); treinamento computacional e de língua
estrangeira; etc.
Item 28 – Assinale a importância do treinamento para a implementação de produtos e/ou
processos novos ou aperfeiçoados.
4.7. Introdução das inovações tecnológicas no mercado
São incluídas as atividades relacionadas ao lançamento de produtos tecnologicamente
novos ou melhorados, incluindo pesquisas e testes de mercado, adaptação do produto a
diferentes mercados e propaganda. São excluídas, por exemplo, as campanhas publicitárias que
tenham por objetivo promover uma mudança organizacional (nova estrutura ou imagem da
empresa), ou mudanças não tecnológicas no produto (lançamento da moda da estação) ou para
manter as parcelas de mercado de produtos não alterados. Exclui-se ainda a construção de redes
de distribuição para inovações.
Item 29 – Assinale a importância da introdução das inovações tecnológicas no mercado.
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4.8. Projeto industrial e outras preparações técnicas para a produção e distribuição
Relativos aos procedimentos e preparações técnicas para efetivar a implementação de
inovações de produto e processo. Esses procedimentos e preparações incluem:
• plantas e desenhos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e
características operacionais necessárias à produção e distribuição de inovações de processo e
de produto;
• mudanças nos procedimentos de produção e controle de qualidade, métodos e padrões de
trabalho e software;
• as atividades de tecnologia industrial básica (metrologia, normalização e avaliação de
conformidade), os ensaios e testes (não incluídos em P&D) para registro final do produto e
para o início efetivo da produção.
Se as atividades relacionadas ao projeto industrial visam, puramente, a um
aperfeiçoamento não tecnológico do produto (melhoria estética, por exemplo) sem qualquer
mudança objetiva no desempenho do produto ou processo, elas não são consideradas uma
atividade inovativa.
Item 30 – Assinale a importância do projeto industrial e outras preparações técnicas para a
produção e distribuição para a implementação de produtos e/ou processos novos ou
aperfeiçoados.
5 – DISPÊNDIOS
ATENÇÃO: Os dispêndios compreendem o somatório das despesas correntes e de
capital efetuadas com as atividades inovativas apenas no ano de 2005.
5.1. Dispêndios com P&D interno
Nos dispêndios com P&D interno estão incluídas as despesas correntes (tanto as diretas
como as de apoio indireto), assim como aquelas de capital da atividade de P&D, conforme
descrito a seguir.
• As despesas correntes incluem os custos da mão-de-obra e os outros custos correntes.
- Os custos da mão-de-obra incluem as importâncias pagas no ano àqueles ocupados
diretamente nas atividades de P&D a título de: salário, pró-labore, retiradas de sócios e
proprietários, honorários, comissões, ajuda de custo, décimo terceiro salário, abono de
férias, gratificações, etc.. Os salários devem ser registrados sem dedução das parcelas
correspondentes às cotas de Previdência e Assistência Social (INSS), recolhimento de
imposto de renda ou de consignação de interesse dos empregados (aluguel de casa, contas
de cooperativa, etc.).
Para calcular os custos de mão-de-obra em dedicação parcial às atividades de P&D
multiplique o salário pelo percentual de dedicação informado nos itens de 58 a 62.
- os custos da mão-de-obra relativos aos serviços indiretos de apoio às atividades de P&D
(atividades de transporte, estoque, limpeza, segurança, reparação e manutenção, etc.);
21
- os valores dos serviços pagos ou creditados às empresas especializadas ou aos
trabalhadores autônomos referentes ao fornecimento de serviços indiretos à atividade de
P&D;
- os serviços e as compras de materiais e equipamentos para as atividades de P&D, que não
fazem parte das despesas em conta de capital. Pode-se mencionar: água e combustíveis,
livros, periódicos, assinaturas de bibliotecas, etc.;
- as despesas administrativas e outras despesas gerais (por exemplo, juros, despesas de
escritório, despesas postais e de telecomunicação);
- os custos da compra ou desenvolvimento de software e material de suporte para uso em
P&D.
• As despesas em conta de capital são as despesas anuais brutas referentes às imobilizações de
recursos utilizados nos programas de P&D. Elas são representadas por despesas em terrenos,
construções e em máquinas e equipamentos. Os terrenos e construções incluem os terrenos
comprados para P&D (Ex.: áreas de teste, terrenos para a construção de laboratórios e de
instalações piloto) e os edifícios construídos ou adquiridos, incluindo as despesas para
melhorias, modificações e reformas substanciais. Os custos das aquisições, da produção
própria e das melhorias das máquinas e dos equipamentos incorporados ao ativo imobilizado,
incluindo os gastos necessários para colocar estes equipamentos em local e condições de uso
nas atividades de P&D. Do cálculo devem ser excluídos todos os fundos de depreciação,
efetivos ou imputados, para edifícios, instalações, máquinas e equipamentos.
Item 31 – Registre o dispêndio com P&D interno em 2005.
5.2. Dispêndios com aquisição externa de P&D
Compreende o valor dos serviços contratados pelo desenvolvimento das atividades de
P&D realizados por outra organização, empresa ou instituição. Não inclua os gastos com as
atividades realizadas internamente. Ex.: contratar uma empresa para desenvolvimento de um
protótipo ou mesmo a compra de uma planta piloto. (ver capítulo 4.2)
Item 32 – Registre o dispêndio com aquisição externa de P&D em 2005.
5.3. Dispêndios com aquisição de outros conhecimentos externos, exclusive software
Compreende o gasto efetuado em 2005 com acordos de transferência de tecnologia
originados da compra de licença de direitos de exploração de patentes e uso de marcas, aquisição
de know how, e outros tipos de conhecimentos técnico-científicos de terceiros, para que a empresa
desenvolva ou implemente inovações (ver capítulo 4.3).
Em acordos de transferência de tecnologia deve ser incluído os royalties pagos no ano.
Item 33 – Registre o dispêndio com aquisição de outros conhecimentos externos em 2005.
5.4. Dispêndios com aquisição de software
Compreende o gasto com aquisição externa de software (de desenho, engenharia, de
processamento e transmissão de dados, voz, gráficos, vídeos, de automatização de processos,
etc.), especificamente comprados para a implementação de produtos ou processos novos ou
tecnologicamente aperfeiçoados.
22
5.5. Dispêndios com aquisição de máquinas e equipamentos
Compreende o gasto com aquisição de máquinas, equipamentos, hardware, que foram
comprados para a implementação de produtos ou processos novos ou tecnologicamente
aperfeiçoados.
Na mensuração do gasto incluir:
- a instalação das máquinas e equipamentos que melhoram substancialmente o desempenho
tecnológico da empresa; é uma inovação de processo;
- a instalação de máquinas e equipamentos que não melhoram o desempenho tecnológico
da empresa, mas que são necessárias à implementação de produtos tecnologicamente
novos. Embora esta não seja uma inovação de processo, estas aquisições devem ser
contabilizadas pelo fato de permitirem a inovação de produto, exceto aquelas já
registradas como máquinas e equipamentos para a atividade de P&D (capítulo 4.1);
- Aquisição se máquinas e equipamentos por leasing (arrendamento mercantil) devendo ser
contabilizado apenas o valor pago no ano de 2005. (o valor do equipamento/nº de anos
de duração do leasing)
Não se deve contabilizar a compra de máquinas e equipamentos, ainda que modernas e
mais avançadas em relação aos modelos anteriores, que não estejam diretamente ligadas à
inovação de processo e de produto. Por exemplo, o aumento da capacidade produtiva pela
incorporação de mais máquinas de um modelo já em uso, ou mesmo a substituição de máquinas,
por versões mais modernas de um mesmo modelo, não devem ser contabilizadas, uma vez que
estas não contribuem para a melhoria tecnológica de processo e/ou de produto.
Item 34 – Registre o dispêndio com aquisição de máquinas e equipamentos em 2005.
5.6. Dispêndios com treinamento
Compreende o gasto efetuado em 2005 com treinamento orientado ao desenvolvimento
de produtos/processos tecnologicamente novos ou significativamente aperfeiçoados e
relacionados às atividades inovativas da empresa, inclui os gastos com aquisição de serviços
técnicos especializados externos. (ver capítulo 5.4)
OBS.: Há casos em que o treinamento está associado à compra de máquinas e
equipamentos e que muitas vezes não é possível mensurar o gasto específico. Nestes casos o
valor do treinamento será 0 (zero) e deverá ser feita uma nota no campo de observação do
questionário.
Item 35 – Registre o dispêndio com treinamento em 2005.
5.7. Dispêndios com introdução das inovações tecnológicas no mercado
Compreende o gasto efetuado em 2005 com atividades (internas ou externas) de
comercialização, diretamente ligadas ao lançamento de um produto tecnologicamente novo ou
aperfeiçoado, podendo incluir: pesquisa de mercado, teste de mercado e publicidade para o
lançamento. Exclui-se a construção de redes de distribuição de mercado para as inovações.
Item 36 – Registre o dispêndio com a introdução das inovações tecnológicas no mercado em
2005.
23
5.8. Projeto industrial e outras preparações técnicas para a produção e distribuição
Compreende o gasto efetuado em 2005 e refere-se aos procedimentos e preparações
técnicas para efetivar a implementação de inovações de produto ou processo. Inclui plantas e
desenhos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e características
operacionais necessárias à implementação de inovações de processo ou de produto. Inclui
mudanças nos procedimentos de produção e controle de qualidade, métodos e padrões de
trabalho e software, requeridos para a implementação de produtos ou processos tecnologicamente
novos ou aperfeiçoados. Assim como as atividades de tecnologia industrial básica (metrologia,
normalização e avaliação de conformidade), os ensaios e testes para registro final do produto e
para o início efetivo da produção (que não são incluídos em P&D).
Item 37 – Registre o dispêndio com projeto industrial e outras preparações técnicas para a
produção e distribuição em 2005.
6 – FONTES DE FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES INOVATIVAS
Itens de 38 a 43 – Distribua percentualmente o gasto com as atividades inovativas de acordo
com as fontes de financiamento no ano de 2005
• Fontes próprias – quando o recurso empregado nas atividades inovativas é da empresa.
• Fontes de terceiros:
- Privado – financiamento concedido por uma entidade privada (banco privado,
financiamento de máquinas por fornecedores, recurso de outra empresa do grupo, etc.).
- Público – financiamento concedido por uma entidade pública (FINEP, BNDES,
SEBRAE, BB, etc.);
• Itens de 38 a 40 – apenas os gastos efetuados com P&D e aquisição externa de P&D (Itens
31 + 32).
• Itens de 41 a 43 – apenas os gastos efetuados com as demais atividades inovativas (aquisição
de outros conhecimentos externos, aquisição de máquinas e equipamentos treinamento,
introdução das inovações no mercado e projeto industrial e outras preparações técnicas -
Itens 33 + 34 + 35 + 36 + 37).
7 – ATIVIDADES INTERNAS DE P&D
Algumas empresas realizam P&D regularmente, ano a ano, e podem possuir unidades
formais de P&D. Outras empresas realizam P&D apenas ocasionalmente. Elas podem estar
comprometidas com um projeto em um ano e não realizar nenhum no ano seguinte. Neste caso o
P&D é geralmente realizado por pessoas de várias partes da empresa sem que haja uma
organização formal do P&D.
Item 44 – Assinale se a atividade interna de P&D é contínua ou ocasional.
24
• Código 1 - Contínua – Atividade contínua de P&D é aquela que foi regularmente
desenvolvida no período de 2003 a 2005. Podemos considerar as seguintes situações:
- Pelo menos uma pessoa em dedicação exclusiva no período;
- Uma pessoa em P&D durante todo o período em dedicação parcial (2 dias por semana, 1
hora por dia ou 3 horas por semana, etc.);
- Pessoas diferentes em dedicação parcial (pessoa A 2 horas por semana no 1º ano, pessoa
B nos 6 meses seguintes trabalhando em P&D 4 horas por dia, pessoa C 1 dia por semana
no restante do tempo).
• Código2 - Ocasional – quando, entre 2003 e 2005, a empresa montou uma equipe de P&D
para desenvolver determinado(s) projeto(s) e após a conclusão as pessoas da equipe
retornaram às suas atividades normais.
Item 45 – Indique a localização do departamento de P&D ou o local onde se concentraram as
atividades de P&D.
Itens de 46 a 60 – Informe o numero de pessoas ocupadas nas atividades de P&D.
• No número de pessoas ocupadas, são incluídas apenas aquelas envolvidas diretamente nesta
atividade, sendo excluídas as que prestam serviços indiretos. Devem ser excluídas, portanto,
as pessoas que fornecem serviço indireto (como, por exemplo, alimentação, segurança, etc.),
ainda que as sua remunerações sejam incluídas na medição da despesa, como custos correntes
(ver capítulo 4.1.2.).
Pode-se distinguir três subgrupos de pessoal de P&D:
• Pesquisadores - profissionais ocupados na concepção ou na criação de novos conhecimentos
técnicos, produtos, processos, métodos e sistemas e na gestão dos projetos;
• Técnicos e o pessoal equivalente - pessoas cujas principais tarefas requerem conhecimentos
técnicos e experiência em um ou vários campos da engenharia, das ciências físicas e
biológicas, ou então das ciências sociais e humanas. Participam das atividades de P&D através
de tarefas científicas e técnicas que incluem a aplicação de conceitos e métodos operativos,
geralmente sob a direção dos pesquisadores;
• Outro pessoal de suporte - inclui operários qualificados e não qualificados, pessoal ocupado
em serviços indiretos, desde que estes serviços sejam exclusivos da atividade de P&D.
Para algumas pessoas a ocupação nas atividades de P&D pode representar a sua função principal,
enquanto que, para outras, esta pode ser uma função secundária. Registrar somente as pessoas
ocupadas em centros de P&D significaria uma subestimativa dos esforços voltados para P&D,
enquanto que a contagem individual de todas as pessoas que se dedicam de vez em quando a esta
atividade representaria uma superestimativa. Consequentemente, a pesquisa investiga o número
de pessoas ocupadas nas atividades de P&D de acordo com o seu tempo de dedicação.
• Dedicação exclusiva – aquelas pessoas permanentemente ocupadas em P&D durante o ano,
ou seja, pessoas que só trabalham com as atividades de P&D.
• Dedicação parcial – aquelas pessoas além das atividades de P&D executam outras tarefas
dentro da empresa.
O quadro a seguir apresenta alguns exemplos do cálculo do percentual de dedicação.
25
Dedicação às atividades de P&D Exemplos Percentual de
dedicação
2 meses no ano (2/12)*100 17%
6 meses no ano (6/12)*100 50%
10 meses no ano (10/12)*100 83%
Meia jornada diária durante todo ano (1/2)*100 50%
Meia jornada diária durante 8 meses (1/2)*(8/12)*100 33%
Meia jornada diária durante 6 meses (1/2)*(6/12)*100 25%
2 dias úteis semanais durante todo ano (2/5)*100 40%
3 dias úteis semanais durante 6 meses (3/5)*(6/12)*100 20%
2 semanas por mês durante 6 meses (2/4)*(6/12)*100 25%
1 semana por mês durante 8 meses (1/4)*(8/12)*100 17%
1 semana por mês durante 12 meses (1/4)*100 25%
Deste modo, no caso de 6 pessoas com dedicação parcial na atividade de P&D, sendo que:
- 3 se ocupam por 2 meses no ano,
- 1 se ocupa meia jornada diária durante 10 meses,
- 2 se dedicando por 3 dias úteis durante 6 meses,
{ (3 *
12
2 ) + (1 *
2
1 *
12
10 ) + (2 *
5
3 *
12
6 ) } / 6 *100 = 25,28%
Itens de 61 a 84 – Indique a ocupação das pessoas com nível superior.
• 61+62+63+64+65+66 = 46+47+51+52
• 67+68+69+70+71+72 = 46+47+48
• 73+74+75+76+77+78 = 51+52+53
8 – IMPACTO DAS INOVAÇÕES
Itens de 85 a 92 – Distribua percentualmente o faturamento da empresa de acordo com o grau
de novidade dos produtos.
Itens de 93 a 107 – Assinale o grau de importância dos impactos gerados pelas inovações
implementadas.
• Manteve a participação no mercado – a empresa manteve a sua fatia no mercado.
• Ampliou a participação no mercado – e empresa conquistou uma fatia do mercado que era do
seu concorrente.
• Abriu novos mercados – a entrada da empresa em um novo mercado de atuação.
• Permitiu reduzir o impacto sobre o meio ambiente e controlar aspectos ligados a saúde e
segurança – ter produtos e/ou processos mais seguros para o manuseio e menos agressivos
ao meio ambiente, gerando resíduos menos poluentes.
26
9 – FONTES DE INFORMAÇÃO
Itens de 108 a 121 – indique a importância das fontes de informação que a empresa utilizou para
o desenvolvimento dos produtos e/ou processos tecnologicamente novos ou substancialmente
aprimorados, ou seja, de onde vieram as idéias para o desenvolvimento.
• Item 108 – Departamento de P&D - somente quando houver uma unidade formal na
empresa (departamento, divisão, centro, etc.).
• Item 109 – Outros – todas as outras fontes internas à empresa, exclusive departamento de
P&D.
• Item 113 – Concorrentes – a informação veio de observar o produto ou o processo do
concorrente.
Itens de 122 a 133 – assinale a localização das fontes de informação utilizadas.
10 – COOPERAÇÃO PARA INOVAÇÃO
Cooperação para inovação significa a participação ativa em projetos conjuntos de P&D e
outros projetos de inovação com outra organização (empresa ou instituição). Isto não implica,
necessariamente, que as partes envolvidas obtêm benefícios comerciais imediatos. A simples
contratação de serviços de outra organização, sem a sua colaboração ativa, não é considerada
cooperação. Os parceiros compartilham recursos para o desenvolvimento do projeto.
Item 134 – Indique se a empresa esteve envolvida em arranjos cooperativos entre 2003 e 2005.
Itens de 135a 141 – assinale em cada parceiro o grau de importância da cooperação.
• Clientes ou consumidores - relações técnicas/comerciais usuais entre empresas e clientes
(como é o caso da relação da empresa de autopeças com a montadora para qual fornece
componentes) não é relação efetiva de cooperação para inovação.
• Fornecedores - neste caso também vale a afirmação acima. Ex.: Um fornecedor de máquinas,
que produz máquinas por encomenda, não pode ser considerado como um caso de
cooperação, pois na maioria das vezes o fornecedor está apenas vendendo um produto por
encomenda e obtendo apenas benefícios comerciais
Itens 142 a 148 – assinale a localização do principal parceiro.
Itens de 149 a 155 – assinale para cada parceiro o objeto da cooperação.
11 – APOIO DO GOVERNO
Itens de 156 a 162 - indique qual o recurso de apoio do governo para as atividades inovativas que
foi utilizado pela empresa.
• Incentivos fiscais à P&D e inovação tecnológica (Lei 8.661, Lei 10.332, Lei 11.196) –
Renúncia fiscal concedida pelo governo federal, através de agências credenciadas – MCT,
FINEP, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico - SCTDE/SP, Banco de
27
Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
– BRDE, Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina – BADESC - no âmbito
das Leis 8.661 e 10.332 para empresas executando Programas de Desenvolvimento
Tecnológico Industrial (PDTI) ou Programas de Desenvolvimento Tecnológico
Agropecuário (PDTA), como também incentivos fiscais concedidos pelo governo federal no
âmbito da Lei 11.196, decorrentes de dispêndios com pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica.
• Incentivo fiscal Lei de Informática (Lei 10.176, Lei 10.664, Lei 11.077) – Renúncia fiscal
concedida pelo MCT, no âmbito das Leis 10.176, 10.664 e 11.077 decorrentes de bens e
serviços produzidos de acordo com Processo Produtivo Básico (PPB).
• Participação em projetos de P&D e inovação em parceria com universidades e institutos de
pesquisa, com apoio público – Apoio financeiro concedido por bancos e agências oficiais,
como FINEP, BNDES, Banco do Brasil, ou Bancos Estaduais, via fundos setoriais, fundos
estaduais e fundos constitucionais, para o desenvolvimento de projetos cooperativos de P&D
e inovação entre empresas e universidades e institutos de pesquisa. Exemplos: Programa de
Apoio à Pesquisa em Empresas – PAPPE; Programa de Apoio Tecnológico à Exportação –
PROGEX; Programa de Cooperação entre ICTs e Empresas – COOPERA; Programa de
Apoio à Pesquisa e à Inovação em Arranjos Produtivos Locais - PPI-APLs; Programa de
Apoio à Assistência Tecnológica – ASSISTEC; Programa Unidades Móveis – PRUMO.;
Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica – SEBRAETEC; Parceria para a Inovação
Tecnológica – PITE e Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas – PIPE.
• Financiamento a projetos de P&D e inovação tecnológica, inclusive à compra de máquinas e
equipamentos utilizados para inovar – Financiamentos para a realização de projetos de
pesquisa, desenvolvimento e inovação nas empresas, inclusive para aquisição de máquinas e
equipamentos utilizados para inovar, concedidos por bancos oficiais como FINEP, BNDES,
Banco do Brasil e Caixa Econômica, ou via instituições financeiras credenciadas junto a estes
bancos para a concessão de financiamento via programas como: PRÓ-INOVAÇÂO e JURO
ZERO da FINEP; FINAME, FINEM, Cartão BNDES, BNDES Automático,
MODERMAQ, MODERFROTA, etc. do BNDES, PROGER, Fundos Constitucionais
(FCO, FNO e FNE) e Fundos de Desenvolvimento (FINOR, FINAN,FNDR).
• Bolsas oferecidas pelas fundações de amparo à pesquisa e RHAE – São bolsas de pesquisa e
aperfeiçoamento concedidas à pesquisadores ou funcionários das empresas, para
desenvolvimento de projeto de P&D no âmbito da empresa. Como exemplo, citam-se as
bolsas RHAE (Recursos Humanos em Áreas Estratégicas) concedidas pelo CNPq –
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Bolsas de Curta Duração -
até 90 (noventa) dias: BEP - Estágio/ Treinamento no País; BSP - Estágio/Treinamento no
exterior; BEV- Especialista Visitante. Bolsas de Longa Duração - de 04 (quatro) a 24 (vinte e
quatro) meses: ITI - Iniciação Tecnológica Industrial; DTI - Desenvolvimento Tecnológico
Industrial; EP - Treinamento no País; EV - Especialista Visitante; SPE - Treinamento no
Exterior.
• Aporte de capital de risco – Aporte de capital de risco na empresa realizados ou viabilizados
por bancos oficiais ou por programas e projetos oficiais. Projeto INOVAR da FINEP,
Programa de Participação do BNDES em Fundos de Investimento (Fundos de Participação –
Private Equity, Fundos de Empresas Emergentes), Bancos Estaduais, etc.
• Outros – Apoio do governo para o desenvolvimento de atividades inovativas não previsto
anteriormente, como: encomenda direta, desenvolvimento da atividade inovativa a partir de
compra governamental, PRODETAB – Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de
Tecnologias Agropecuárias para o Brasil. Incentivos fiscais concedidos pelos Estados
especificamente para o desenvolvimento de P&D.
28
12 – PATENTES E OUTROS MÉTODOS DE PROTEÇÃO
As empresas podem utilizar diferentes mecanismos para protegerem suas inovações de
serem imitadas ilegalmente, ou mesmo falsificadas. Alguns são dispositivos jurídicos,
estabelecidos por lei, enquanto outros são mecanismos de proteção estratégicos, que buscam
formas não escritas de garantir exclusividade sobre as inovações implementadas.
Itens de 163 a 171 – Indique quais os métodos a empresa utilizou para proteger as suas
inovações.
• Patente de invenção – É o invento que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva
e aplicação industrial.
Novidade é tudo aquilo não compreendido no estado da técnica, que é constituído por tudo
que foi tornado acessível ao público, seja por uma descrição escrita ou oral, seja por uso ou
qualquer outro meio, inclusive conteúdo de patentes no Brasil e no Exterior.
• Patente de modelo de utilidade – É o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de
aplicação industrial, que apresente nova forma obtida ou introduzida em objetos conhecidos,
envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua
fabricação.
Novidade (nova forma) é tudo aquilo não compreendido no estado da técnica, que é
constituído por tudo que foi tornado acessível ao público, seja por uma descrição escrita ou oral,
seja por uso ou qualquer outro meio, inclusive conteúdo de patentes no Brasil e no Exterior.
• Registro de desenho industrial – É a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto
ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado
visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação
industrial.
Novidade (novo e original) é tudo aquilo não compreendido no estado da técnica, que tratase
do que foi tornado acessível ao público, seja por uma descrição escrita ou oral, seja por uso ou
qualquer outro meio, inclusive conteúdo de patentes no Brasil e no Exterior.
• Marcas – Marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue
produtos e serviços de procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos
com determinadas normas ou especificações.
O Registro da marca é federal, portanto garante seu uso exclusivo em todo Território
Nacional em seu ramo de atividade econômica, gerando direitos ao titular que a explora. O
sistema de registro de marca adotado pelo Brasil é atributivo de direito. Ou seja, sua propriedade
e o seu uso exclusivo só são adquiridos pelo registro.
Item 172 – Informe se a empresa no período da pesquisa solicitou depósito de patente e onde.
Item 173 – Informe se a empresa no final de 2005 dispunha de alguma patente em vigor.
13 – PROBLEMAS E OBSTÁCULOS À INOVAÇÃO
Item 174 – Assinale se a empresa encontrou dificuldades ou obstáculos no processo inovativo.
Item 175 – Assinale a razão pela qual a empresa não inovou (apenas para as empresas que não
inovaram nem desenvolveram projetos).
29
• Código 1 - Não necessitou devido às inovações prévias
• Código 2 - Não necessitou devido às condições de mercado
• Código 3 - Outros fatores impediram o desenvolvimento, implementação de inovação
Itens de 176 a 187 – Indique o grau das dificuldades ou obstáculos foram encontrados pela
empresa durante o processo inovativo.
Item 176 - Riscos econômicos excessivos – se as perspectivas futuras não eram favoráveis ou se
neste período foi identificado um ambiente econômico muito instável com um horizonte pouco
otimista para gastos com a inovação, ou seja, o desenvolvimento de um novo produto ou a
adoção de um novo processo seria muito arriscado para a empresa.
Item 177 - Elevados custos da inovação – custo para criar um novo produto ou introduzir um
novo processo foi prejudicado pela taxa de juro alta, câmbio desfavorável para importação de
máquinas e equipamentos, elevados preços das máquinas, altos salários de pessoal qualificado
para desenvolver inovações.
Item 178 - Escassez de fontes apropriadas de financiamento – dificuldade de se obter crédito
necessário para desenvolver a inovação, tanto no sistema financeiro, através das instituições
governamentais, quanto junto aos fabricantes de máquinas e equipamentos. Para marcar essa
opção é necessário que a empresa tenha procurado financiamento.
Item 179 - Rigidez organizacional – a forma na qual sua empresa está organizada, nos seus
diversos graus de gerência e departamentos, dificultam o avanço da idéia inovativa. Se existe
resistência interna na empresa às mudanças.
Item 180 - Falta de pessoal qualificado – se para realizar o projeto idealizado, houve falta de
pessoal qualificado para o desenvolvê-lo. O projeto novo deve diferir “muito” dos trabalhos
usuais da empresa que justifica a necessidade de mão-de-obra mais qualificada.
Item 181 - Falta de informação sobre tecnologia – se houve falta de informação tecno-científicas,
informação dos fornecedores de máquinas ou insumos para desenvolver as idéias inovativas.
Item 182 - Falta de informação sobre mercados – se faltou uma definição clara dos possíveis
mercados de direcionamento da inovação (dimensão do mercado, concorrentes, aceitação, por
parte dos consumidores, outros fatores...).
Item 183 - Escassas possibilidades de cooperação com outras empresas/instituições – para o
desenvolvimento do projeto havia necessidade de cooperação direta e integrada (com
fornecedores de máquinas ou insumos, instituições de pesquisa ou universidades etc.) e não foi
possível estabelecer uma parceria.
Item 184 - Dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações – se no mercado de
atuação da empresa existe um alto grau de compromisso com o respeito às normas de segurança,
principalmente por parte do governo, que são difíceis de atender.
Item 185 - Fraca resposta dos consumidores quanto a novos produtos - no mercado de atuação
da empresa houve uma certa resistência por parte dos consumidores à novidades. A empresa já
teve alguma experiência anterior de produto novo que não foi bem aceito?
Item 186 - Escassez de serviços técnicos externos adequados – para o desenvolvimento dos
projetos houve deficiência nos serviços de apoio como assistência técnica, de tecnologia
industrial básica, de P&D que desestimularam ou não permitiram solucionar determinados
problemas.
Item 187 – Centralização da atividade inovativa e outra empresa do grupo – o desenvolvimento
dos projetos é sempre realizado pela matriz.
30
14 – OUTRAS IMPORTANTES MUDANÇAS ESTRATÉGICAS E
ORGANIZACIONAIS
Itens 188 a 196 – Assinale se entre 2003 e 2005 a empresa realizou mudanças estratégicas e
organizacionais.
• Implementação de significativas mudanças na estratégia corporativa – mudança nos mercados
de atuação da empresa.
• Implementação de técnicas avançadas de gestão – gestão da qualidade total, controle
estatístico de processo, just in time, KAIZEN ou formação de grupos de melhoria, rearranjo
em células de produção (ilhas de produção), formação de minifábricas, técnicas de engenharia
simultânea, benchmarking de melhores práticas, reengenharia, custeio ABC, gestão da
informação, gestão de projetos, seis sigma, método 5S, programação de produção e controle
de materiais MRP, sistema de informação ERP, comunicação inter-empresarial por EDI,
parcerias cliente-fornecedor, gestão ambiental e normatização de procedimentos.
• Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional – terceirização de
atividades produtivas ou de apoio direto e indireto, organização por unidade de negócio,
organização matricial, redução da estrutura organizacional.
• Mudanças significativas nos conceitos/estratégias de marketing – e-business, adoção de
marketing estratégico.
• Mudanças significativas na estética, desenho ou outras mudanças subjetivas em pelo menos
um dos produtos – mudanças não consideradas como inovação tecnológica, muda-se o
desenho sem o aperfeiçoamento do produto. Ocorre muito em confecções, calçados e
móveis.
• Implementação de novos métodos de controle e gerenciamento, visando atender normas de
certificação – qualidade (ISO 9000, ISO 9001-2000), redução dos impactos ambientais (ISO
14000, ISO 14001), saúde e segurança (OHSAS 18001), responsabilidade social (SA800), etc..
• Novos dispositivos e ferramentas de gestão da produção – gestão da qualidade total, controle
estatístico de processo, just in time, KAIZEN ou formação de grupos de melhoria, rearranjo
em células de produção (ilhas de produção), formação de minifábricas, técnicas de engenharia
simultânea, etc..
• Novos dispositivos e ferramentas de gestão da informação – MRP (Material Requirement
Planning), MRP II (Manufacturing Resources Planning), EDI (Electronic Data Interchange), ERP
(Enterprise Resource Planning), BI (Business Intelligence), SPT (Sistemas de Processamento de
Transações), SIG (Sistemas de Informações Gerenciais), SAD (Sistemas de Apoio à Decisão),
DW (Data Warehouse) DM (Datamining), etc..
• Gestão ambiental – redução de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos; tratamento de efluentes,
disposição de resíduos, etc..
Item 197 – Indique se a empresa realiza alguma atividade relacionada com a biotecnologia.
A biotecnologia é a aplicação da ciência e da tecnologia na utilização direta ou indireta de
organismos vivos, ou parte deles (suas células e moléculas), em estado natural ou modificado,
para a produção de bens ou serviços, ou para a melhoria de processos existentes.
Item 198 – Indique a atividade principal (campo de atuação principal) das empresas que se
beneficiam das atividades de P&D realizadas por sua empresa. Caso a tecnologia desenvolvida
por sua empresa seja utilizada, indistintamente, em várias atividades econômicas, indique a sua
principal área de especialização.
31
ANEXO I
Exemplos de Inovação de Produto e Processo a serem considerados na aplicação do questionário
da PINTEC
1) Indústrias Extrativas – 10 a 14
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Introdução de nova variedade do produto extraído (um minério, por exemplo), em relação à
qual são necessários esforços tecnológicos para identificar propriedades e aplicações.
- Avanço ao longo das etapas de elaboração do produto extraído visando a agregação de valor
ao mesmo (incluindo algum tipo de beneficiamento do material extraído, por exemplo).
- Melhoria da qualidade ou ampliação do leque de utilizações de produtos extraídos devido à
realização de esforços tecnológicos (Ex.: busca da extração de metais de melhor qualidade,
que se prestam a usos mais variados).
- Modificações na forma (em termos da estrutura física, granulação, teor calórico, etc.) como é
gerado o produto extraído, visando a melhoria da qualidade, o aumento da performance ou a
adaptação às necessidades de clientes.
- Extração de metais de melhor qualidade, que se prestam a usos mais variados (novo uso);
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Realização de adaptações no processo visando compensar problemas em novos sites de
produção.
- Incorporação de um novo insumo que resulta na melhoria da performance e eficiência
produtiva.
- Introdução de novas técnicas de extração ou de significativas melhorias nas técnicas
previamente empregadas.
- Mudanças na sistemática de exploração de reservas naturais e nos procedimentos de descarte
de resíduos, minimizando impactos ambientais.
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos e de novos procedimentos de produção
e/ou distribuição de produtos (sistema de automação do transportador de correias, utilizando
fibra ótica e equipamentos de última geração; introdução de sistema de flotagem, que permite
a renovação de impurezas contidas nos finos do minério de ferro).
- Aperfeiçoamentos significativos em etapas do processo de produção que resultam em
expressiva melhoria nos rendimentos (em termos energéticos, por exemplo) e na qualidade
do produto.
- Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento do produto e dos métodos de
entrega do produto extraído aos clientes (através, por exemplo, de sistemas próprios de
ferrovias ou de esteiras).
32
2) Indústrias de Alimentação, Bebidas e Fumo – 15 e 16
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, das matérias-primas e/ou da composição de insumos diferem significativamente
daqueles previamente produzidos pela empresa (produção de açúcar natural sem adição de
produtos químicos).
- Exploração de novos segmentos de mercado a partir de produtos novos em termos de
especificidades técnicas, matérias-primas e usos pretendidos (Ex.: cigarro de baixo teor de
nicotina; produtos alimentares light; bebidas diet; etc.).
- Avanço ao longo das etapas da cadeia produtiva visando agregação de valor (caso da
produção de refeições congeladas prontas, por exemplo) ou a garantia de suprimento de
insumos fundamentais (cereais necessários à produção de óleos, por exemplo).
- Melhoria substancial do desempenho ou da qualidade de produtos através da utilização de
novas matérias-primas ou de componentes de maior rendimento (Exs: blend de folhas na
indústria do fumo; utilização de novas matrizes na indústria de aves; aperfeiçoamento
genético de matérias-primas na indústria de alimentos, etc.).
- Incorporação de melhorias na forma de acondicionamento e apresentação dos produtos
existentes (incluindo novas embalagens e novos tipos de cortes de peças de carne, por
exemplo), caso requeiram aperfeiçoamentos tecnológicos relevantes.
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Aperfeiçoamentos significativos no processo de produção e nas condições de suprimento de
matérias-primas fundamentais (folhas de fumo, por exemplo).
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos (automatização da linha de embutidos
frescais; uso de código de barra (leitura feita por scanner) para maior controle do estoque e
carregamento do produto; sistema automático de prensagem de matéria-prima) e mudança na
organização da produção (podendo envolver mudanças em etapas do processo de produção,
incluindo uma nova etapa ou excluindo etapas pré-existentes).
- Adequação dos procedimentos de produção a exigências mais rígidas da legislação fitosanitária
ou a requerimentos específicos dos mercados atendidos (externos, por exemplo).
- Automatização dos processos de produção através da utilização de hardware (CLPs e SDCDs)
e de software específicos (por exemplo, secagem da massa em alta temperatura, com
introdução de Controle Lógico Programável -CLP).
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, por exemplo) desde que incorporem mudanças tecnológicas expressivas nos
processos (não se limitando ao lay-out ou à organização física das atividades).Ex.: processo de
fermentação contínua, sem necessidade do seriado da produção.
- Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento de/ou preservação para entrega do
produto aos clientes (Ex.: incorporando balcões refrigerados em supermercados; mudança de
embalagem para versão tetrapak - embalagem resistente, composta por materiais como
polietileno e alumínio, que impedem a entrada de ar, luz, água e microorganismos e inibem a
oxidação, aumentando significativamente a qualidade de conservação dos alimentos;
introdução de máquina sopradora de garrafas para 'resina pet' - material que confere melhor
aparência e resistência à garrafa, diminui o peso da matéria-prima e permite a carbonatação da
bebida (CO2)).
33
3) Indústrias de Processo Tradicionais: Fabricação de Produtos Têxteis, Fabricação de
Celulose e Papel; Edição e Impressão - 17, 211, 212, 22
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, das matérias-primas e/ou da composição de insumos diferem significativamente
daqueles previamente produzidos pela empresa (Ex.: da produção de fibras naturais para
sintéticas; fabricação de fios ou tecidos, baseados em um novo insumo químico; produção de
linho com seda; linho envelhecido, etc.).
- Introdução de novo produto cujos usos pretendidos diferem substancialmente dos anteriores,
requerendo aperfeiçoamentos tecnológicos do produto (Ex.: fabricação de tecidos felpudos
para fins específicos; papéis para usos especiais; mudança da edição de jornais para edição de
livros; etc.)
- Exploração de novos segmentos de mercado a partir de produtos novos em termos de
especificidades técnicas, matérias-primas e usos pretendidos (Ex.: fios sintéticos; papéis para
usos especiais, etc.).
- Avanço ao longo das etapas da cadeia produtiva (beneficiamento, fiação, produção de fibras,
linhas e fios, tecelagem, tintura, no caso do ramo têxtil; plantio, fabricação de pasta e
fabricação de papéis no ramo papel-celulose; etc.) visando agregação de valor.
- Adequação às condições específicas da qualidade de insumos fundamentais (algodão, papéis
para impressão; por exemplo) ou mudanças na composição de insumos que requerem o
aperfeiçoamento tecnológico dos produtos.
- Melhoria substancial do desempenho ou da qualidade de produtos previamente existentes
através da utilização de novos insumos (tinturas e aditivos, por exemplo).
- Aperfeiçoamento nas formas de apresentação dos produtos (padronagens e dimensões de
tecidos; tamanho de bobinas; textura e granulação de papéis; tamanhos e formas de produtos
editados; etc.) que exigem esforços tecnológicos específicos
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Aperfeiçoamentos significativos no processo de produção e nas condições de suprimento de
matérias-primas fundamentais (algodão, pasta de celulose; papéis para indústria de impressão
por exemplo).
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos (adoção teares, impressoras de grande
porte; tecelagem a jato de ar; enrolamento automático com sistema de splicer; mudança no
processo de fiação e beneficiamento, a partir da introdução de equipamentos automatizados
na manufatura; uso de máquinas computadorizadas para tingimento de tecido, etc.) e de
mudanças na organização da produção que envolva mudança técnica (mudando etapas do
processo de produção, incluindo uma nova etapa ou excluindo etapas pré-existentes).
- Aperfeiçoamento de etapas críticas do processo de produção visando evitar gargalos.
- Incorporação de sistemas de controle de máquinas para reduzir o consumo energético.
- Automatização dos processos de produção através da utilização de hardware (CLPs e SDCDs)
e de software específicos.
- Utilização de sistemas CAD/CAM para desenho e produção
34
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, por exemplo) desde que incorporem mudanças tecnológicas expressivas nos
processos (não se limitando ao lay-out ou à organização física das atividades).
- Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento de/ou preservação para entrega do
produto aos clientes.
4) Indústrias Tradicionais: Vestuário e acessórios; Couro, artefatos de couro e calçados;
Produtos de madeira; Embalagens e artefatos de papel; Artigos do mobiliário;
Indústrias diversas – 18, 19, 20, 213 e 214, 36.
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, das matérias-primas e/ou da composição de insumos diferem significativamente
daqueles previamente produzidos pela empresa (Ex.: calçados de couro para calçados
esportivos; sapatos para malas; calçado de couro hidrofugado, que respira e tem resistência à
umidificação; roupas de algodão para roupas de malhas; embalagens tradicionais para
embalagens tetrapack; móveis estofados para móveis em madeira; madeira de floresta
renovável; etc.).
- Introdução de novo produto cujos usos pretendidos diferem substancialmente dos anteriores,
requerendo aperfeiçoamentos tecnológicos do produto (Ex.: da fabricação de calçados
masculinos para calçados femininos.)
- Exploração de novos segmentos de mercado a partir de produtos novos em termos de
especificidades técnicas, matérias-primas e usos pretendidos (Ex.: exploração de novo
segmento no ramo de embalagens).
- Melhoria substancial do desempenho ou da qualidade de produtos previamente existentes
através da utilização de novos insumos (novos tecidos; couros de melhor qualidade;
mudanças dos materiais plásticos de calçados esportivos; incorporação de madeiras de melhor
qualidade na indústria de móveis).
- Aperfeiçoamento nas formas de apresentação dos produtos (tamanhos dos modelos de
calçados e das peças de vestuário; tamanho e composição de embalagens; etc.) que exigem
esforços tecnológicos específicos
- Incorporação de melhorias tecnológicas significativas em determinados componentes
incorporados ao produto (solado, fechos, etc.)
- Melhorias significativas no design de produtos previamente existentes visando a melhoria da
qualidade, funcionalidade e desempenho, desde que isso implique a realização de esforços
tecnológicos in-house.
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Aperfeiçoamento de etapas críticas do processo de produção (corte, costura, montagem de
solado, montagem das peças de mobiliário; etc.) visando evitar gargalos.
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos (introdução de mesa de corte a laser;
máquinas com controle numérico; diagramação eletrônica e impressão em cores; processo de
secagem de madeira em estufa (osmopressivização), utilizando parcialmente energia solar) e
mudanças na organização da produção que produção e/ou distribuição de produtos desde
que envolva mudança técnica (mudando etapas do processo de produção, incluindo uma
nova etapa ou excluindo etapas pré-existentes).
35
- Sofisticação dos procedimentos de subcontratação de etapas específicas do processo de
produção, incorporando aperfeiçoamentos tecnológicos nessas etapas.
- Utilização de sistemas CAD/CAM para design, projetamento e produção.
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, por exemplo) desde que incorporem mudanças tecnológicas expressivas nos
processos (não se limitando ao lay-out ou à organização física das atividades).
- Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento de/ou preservação para entrega do
produto aos clientes.
- Otimização da logística de produção através da utilização de técnicas específicas, desde que
isso implique em aperfeiçoamentos substanciais dos processos de produção.
5) Indústrias Química, Petróleo e Álcool, Borracha e Plástico – 23, 24 e 25
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, da composição de insumos e das rotas de síntese diferem significativamente
daqueles previamente produzidos pela empresa (Ex.: novo intermediário químico; novo
fármaco; novo tipo de plástico; mudanças na composição da fórmula do sabonete: adoção de
princípios ativos de ervas e outras substâncias (mel, própolis, etc.); tanque plástico para
combustível, reforçado com fibra de vidro, material não sujeito à corrosão; embalagens
flexíveis de polipropileno para alimentos; etc.).
- Introdução de novo produto baseado na utilização de uma nova matéria-prima essencial (Ex.:
novo tipo de plástico baseado em um novo intermediário químico; biofármaco baseado em
novo tipo de microorganismo; kits para diagnóstico baseados em novos reagentes; etc.)
- Introdução de novo produto cujos usos pretendidos diferem substancialmente dos anteriores,
requerendo aperfeiçoamentos tecnológicos do produto (Ex.: plásticos especiais para
indústrias específicas; aditivos químicos para novos usos; da produção de vacinais animais
para produção de vacinas para uso humano; etc.)
- Exploração de novos segmentos de mercado a partir de novos produtos em termos de
especificidades técnicas, matérias-primas e usos pretendidos (Ex.: produção de medicamentos
para novas classes terapêuticas; defensivos contra novos tipos de pragas, etc.).
- Diversificação para novos mercados (em termos das utilizações dos produtos) através da
exploração das possibilidades das rotas de produção (Ex.: da produção de medicamentos para
produção de defensivos ou aditivos e vice-versa).
- Avanço ao longo das etapas da cadeia produtiva (de produtos das diversas gerações de
petroquímicos para produção de plásticos especiais; da química básica de intermediários para
a química fina, por exemplo) visando agregação de valor.
- Adequação às condições específicas da qualidade de insumos fundamentais (petróleo no caso
do refino, princípios ativos nos casos de medicamentos e defensivos; por exemplo) que
requerem o aperfeiçoamento tecnológico dos produtos.
- Melhoria substancial do desempenho ou da qualidade de produtos previamente existentes
(protetor de câmara de ar com maior resistência a altas temperaturas), podendo decorrer da
utilização de novos insumos (catalisadores, por exemplo).
36
- Aperfeiçoamento nas formas de apresentação dos produtos (formas de administração de
medicamentos e kits para diagnóstico; granulação e textura de plásticos; octanagem e
composição de gasolina; etc.) que exigem esforços tecnológicos específicos
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Aperfeiçoamentos significativos no processo de produção através da otimização das rotas de
síntese (inclusive através da utilização de catalisadores) para os produtos previamente
existentes.
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos (reatores; fermentadores; unidades de
craqueamento catalítico, introdução de máquinas e equipamentos que permitiram redução de
perdas e melhora significativa da eficiência no processo de embalagem; etc.) e mudanças na
organização da produção que produção e/ou distribuição de produtos desde que envolva
mudança técnica (mudando etapas do processo de produção, incluindo uma nova etapa ou
excluindo etapas pré-existentes).
- Incorporação e/ou modernização das unidades dedicadas à realização de ensaios e testes
(unidades piloto; laboratórios de análise; etc.)
- Aperfeiçoamento de etapas críticas do processo de produção visando evitar gargalos.
- Incorporação de sistemas de controle de máquinas para reduzir o consumo energético.
- Automatização dos processos de produção através da utilização de hardware (CLPs e SDCDs)
e de software específicos.
- Utilização de sistemas CAD/CAM para desenho, projeto e produção
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, por exemplo) desde que incorporem mudanças tecnológicas expressivas nos
processos (não se limitando ao lay-out ou à organização física das atividades).
- Modernização das condições logísticas de distribuição do produto a clientes fundamentais
(através, por exemplo, de sistemas dedicados de dutos)
- Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento de/ou preservação para entrega do
produto aos clientes.
6) Indústrias de Base Metalúrgica: Fabricação de produtos de minerais não-metálicos;
Metalurgia Básica , Ferrosos e Não-Ferrosos; Reciclagem – 26, 27, 37
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, das matérias-primas e/ou da composição de insumos diferem significativamente
daqueles previamente produzidos pela empresa (Ex.: nova liga de metal na metalurgia básica;
aços especiais no setor siderúrgico; novos tipos de produtos forjados ou extrudados nos
segmentos de transformação; cerâmica de alta resistência; etc.).
- Introdução de novo produto cujos usos pretendidos diferem substancialmente dos anteriores,
requerendo aperfeiçoamentos tecnológicos do produto (Ex.: aços especiais; ligas de alumínio
para fins específicos; etc.)
- Avanço ao longo das etapas da cadeia produtiva (redução, fundição, lingotamento,
laminação; transformação, etc.) visando agregação de valor.
37
- Melhoria substancial do desempenho ou da qualidade de produtos previamente existentes
através da utilização de novos insumos (caso, por exemplo, da utilização de ligas e pigmentos
na produção de transformados e extrudados).
- Aperfeiçoamento nas formas de apresentação dos produtos (tamanho das chapas, lingotes e
perfis e cabos.) que exigem esforços tecnológicos específicos.
- Melhorias significativas na qualidade e funcionalidade de produtos transformados através da
incorporação de novos insumos e da sofisticação dos moldes utilizados para fabricação de
peças
- Aperfeiçoamento nas formas de apresentação dos produtos transformados (perfis,
extrudados, etc.) que exigem esforços tecnológicos específicos
- Melhorias significativas no design de produtos transformados visando a melhoria da
qualidade, funcionalidade e desempenho, o que requer esforços tecnológicos específicos;
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Aperfeiçoamentos significativos no processo de produção e nas condições de suprimento de
matérias-primas fundamentais (minérios no caso da metalurgia básica; lingotes, perfis e
lâminas, no caso do setor de transformados).
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos fundamentais (unidades de redução; altos
fornos; laminadores; unidades de extrusão, etc.) e de novos procedimentos de produção
(mudando etapas do processo de produção, incluindo uma nova etapa ou excluindo etapas
pré-existentes).
- Aperfeiçoamento de etapas críticas do processo de produção visando evitar gargalos.
- Aperfeiçoamentos significativos em etapas do processo de produção que resultam em
expressiva melhoria nos rendimentos (em termos energéticos, por exemplo) e na qualidade
do produto.
- Incorporação de sistemas de controle de máquinas para reduzir o consumo energético.
- Automatização dos processos de produção através da utilização de hardware (CLPs e SDCDs)
e de software específicos.
- Utilização de sistemas CAD/CAM para desenho, projeto e produção
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, por exemplo) desde que incorporem mudanças tecnológicas expressivas nos
processos (não se limitando ao lay-out ou à organização física das atividades).
- Modernização das condições logísticas de distribuição do produto a clientes fundamentais.
- Melhoria substancial nos métodos de acondicionamento de/ou preservação para entrega do
produto aos clientes.
7) Indústrias de Base Mecânica: Máquinas e Equipamentos; Automóveis e Caminhões;
Peças para Veículos; Embarcações; Aeronaves – 28, 29, 34, 35
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, das matérias-primas e da estrutura de componentes, peças e subsistemas diferem
significativamente daqueles previamente produzidos pela empresa (Ex.: rodotrem - produto
38
rodoviário que possui componentes ferroviários; ônibus com computador de bordo e
equipamentos para deficientes físicos; novo modelo de veículo com estrutura de
componentes substancialmente diferente daqueles previamente produzidos; BK sob
encomenda com novos componentes eletrônicos; novo modelo de aeronave que incorpora
uma melhoria substancial em ralação a algum de seus subsistemas; linha automatizada de
fabricação de facas forjadas, utilizando alimentadores e robôs; compressor PCC (pre
combuster-chamber) que possui as seguintes características: menor consumo de energia,
resfriamento rápido, melhor conservação de alimentos, temperatura estável e menor ruído;
acoplamento para transmissão de torque sem contato físico, por meio de campo magnético
de alta potência e acoplamentos flexíveis não lubrificados; máquina de limpeza de cereais com
sistema de ventos; sistema de plantio direto pneumático; etc.).
- Introdução de novo produto cujos usos pretendidos diferem substancialmente dos anteriores,
requerendo aperfeiçoamentos tecnológicos do produto (Ex.: novos modelos de veículos
direcionados para segmentos ainda não explorados do mercado; autopeça direcionada para
um outro segmento de veículos; aeronaves direcionadas para segmentos distintos do
mercado; etc.)
- Inovações significativas na arquitetura do produto, de maneira a reforçar modularidade e a
interligação de seus componentes e subsistemas (Ex.: utilização de plataformas comuns para a
montagem de diversos modelos de veículos na indústria automobilística).
- Melhoria substancial do desempenho ou da qualidade de produtos previamente existentes
através da utilização de novos insumos, componentes e subsistemas (caso por exemplo, da
utilização de novos materiais para carrocerias ou de um aumento substancial da “eletrônica
embarcada” em veículos, embarcações ou aeronaves; novos insumos, materiais e layout do
processo que conferem maior durabilidade e estabilidade ao produto e à pintura)
- Ampliação da variedade e reforço do grau de “customização” dos diversos tipos de modelos,
inclusive incorporando novas formas de comercialização, desde que isso implique a realização
de esforços tecnológicos específicos (Ex.: ampliação do leque de opções em termos de um
determinado modelo comercializado pela indústria automobilística).
- Atualização ou modernização do design de modelos previamente produzidos, desde que isso
resulte na necessidade de realização de esforços tecnológicos específicos (Ex.: re-estilização
radical de um modelo de veículo comercializado no mercado)
- Introdução de freios ABS em automóveis (novos componentes);
- Introdução de programa eletrônico de estabilização para veículos automotivos (novos
componentes);
- Início do uso de telemática em veículos automotivos (novos componentes);
- Novos tipos de propulsores para navios (novos componentes);
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Deslocamento da produção previamente existente para novas linhas de montagem mais
atualizadas do ponto de vista tecnológico.
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos fundamentais na linha de montagem
(prensas automáticas; unidades de pintura; aperfeiçoamento de linhas transfers de usinagem
(maior flexibilidade no processo); automação de linhas (robôs para montagem e fabricação de
produto); desenvolvimento e implantação de processo automotivo; etc.) e de novos
procedimentos de produção (mudando etapas do processo de produção, incluindo uma nova
etapa ou excluindo etapas pré-existentes).
39
- Aperfeiçoamentos significativos em etapas críticas do processo de produção que resultam em
expressiva melhoria nos rendimentos e na qualidade do produto.
- Sofisticação dos procedimentos de subcontratação da produção de peças, componentes e
subsistemas, incorporando aperfeiçoamentos tecnológicos nessas etapas (incluindo a
instalação de unidades de fornecedores e sistemistas junto às linhas de montagem, por
exemplo).
- Automatização dos processos de produção através da utilização de hardware (CLPs e robots
industriais, por exemplo) e de software específicos.
- Utilização de sistemas mais avançados de CAD/CAM para projetamento e produção.
- Incorporação de inovações na linha de montagem e de novos procedimentos de produção
que reforçam significativamente a flexibilidade das unidades produtivas (reduzindo tempos de
set-up e de reconversão da linha, por exemplo), permitindo uma ampliação das variedades de
modelos produzidos.
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, incorporação de fornecedores e sistemistas, por exemplo) desde que incorporem
mudanças tecnológicas expressivas nos processos (não se limitando ao lay-out ou à
organização física das atividades).
- Otimização das logísticas de suprimento e de produção através da utilização de sistemas justin-
time (MRP II, EDI , ERP, etc.), desde que isso implique em algum tipo de aperfeiçoamento
tecnológico do processo.
- Modernização das condições logísticas de distribuição do produto aos clientes.
8) Indústrias de Base Eletro-Eletrônica: Fabricação de máquinas para escritório e
equipamentos de informática; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; material
eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação (TV e telefonia);
equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e
ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios – 30, 31, 32,
33
Inovação de Produto: produto novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, das matérias-primas e da estrutura de componentes diferem significativamente
daqueles previamente produzidos pela empresa (Ex.: nova geração de computadores, com
microprocessadores mais velozes; novo modelo de telefone celular digital; televisões de
plasma; reatores eletrônicos para lâmpadas fluorescentes; eletrolito não prejudicial ao meio
ambiente; central telefônica digital de alta capacidade; aparelhos receptores de TV com cone
de vidro com diafragma de titânio e suspensão de borracha; etc.).
- Modernização significativa da estrutura de software incorporada aos produtos, ampliando a
funcionalidade e o leque de utilizações para os mesmos, mas requerendo simultaneamente
aperfeiçoamentos tecnológicos da infra-estrutura de hardware dos produtos (Ex.: novos
sistemas operacionais incorporados aos computadores pessoais; aumento do leque de funções
de telefones celulares; aumento do leque de funções de aparelhos eletro-eletrônicos de uso
doméstico; etc.)
- Inovações significativas na arquitetura do produto, de maneira a reforçar modularidade e a
interligação de seus componentes e subsistemas (Ex.: utilização de plataformas comuns para a
40
montagem de diversos modelos de computadores pessoais ou de aparelhos eletro-eletrônicos
como TVs e aparelhos de vídeo).
- Melhoria substancial do desempenho ou da qualidade de produtos previamente existentes
através da utilização de novos insumos, peças e componentes (caso por exemplo, dos
monitores vídeo ou dos materiais utilizados para fabricação de lâmpadas)
- Atualização ou modernização do design de modelos previamente produzidos, desde que isso
resulte na necessidade de realização de esforços tecnológicos específicos (Ex: produção de
TVs com tela plana; miniaturização de telefones celulares; novos modelos de lâmpadas
fluorescentes para uso doméstico, etc.)
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Deslocamento da produção previamente existente para novas linhas de montagem mais
atualizadas do ponto de vista tecnológico.
- Incorporação de novas máquinas e equipamentos na linha de montagem (sistema de
montagem de placas de circuito impresso em SMD; informatização do teste de autofalantes)
e de novos procedimentos de produção (mudando etapas do processo de produção,
incluindo uma nova etapa ou excluindo etapas pré-existentes).
- Aperfeiçoamentos significativos em etapas críticas do processo de produção que resultam em
expressiva melhoria nos rendimentos e na qualidade do produto.
- Sofisticação dos procedimentos de subcontratação da produção de peças e componentes,
incorporando aperfeiçoamentos tecnológicos nessas etapas (incluindo a terceirização de
etapas e a instalação de unidades de fornecedores junto às linhas de montagem, por exemplo).
- Automatização dos processos de produção através da utilização de hardware (CLPs e robots
industriais, por exemplo) e de software específicos.
- Utilização de sistemas mais avançados de CAD/CAM para projetamento e produção.
- Incorporação de inovações na linha de montagem e de novos procedimentos de produção
que reforçam significativamente a flexibilidade das unidades produtivas (reduzindo tempos de
set-up e de reconversão da linha, por exemplo), permitindo uma ampliação das variedades de
modelos produzidos.
- Incorporação de novos procedimentos de organização do processo de produção (células de
produção, por exemplo) desde que incorporem mudanças tecnológicas expressivas nos
processos (não se limitando ao lay-out ou à organização física das atividades).
- Otimização das logísticas de suprimento e de produção através da utilização de sistemas justin-
time (MRP II, EDI , ERP, etc.), desde que isso implique em algum tipo de aperfeiçoamento
tecnológico do processo.
- Modernização das condições logísticas de distribuição do produto aos clientes.
9) Serviços de Telecomunicações: atividades de transmissão de sons, imagens, dados ou
outras informações via cabo, broadcasting, microondas ou satélite – 64.2
Inovação de Produto: serviço novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, estrutura de componentes, software incorporado, funções ou usos pretendidos
diferem significativamente daqueles previamente produzidos pela empresa (Exs.: conversão
41
da tarifação de pulso para minuto, telefone de uso público com acesso à internet/e-mail,
telefone para surdo-mudo, DDD com tarifa de ligação local, convergência fixo-móvel,
localização por GPS em celulares, push to talk on cellular , TV via celular, baixar MP3, mobile
virtual network operater, mobile banking, etc.);
- Início do fornecimento de serviço usando tecnologia VoIP para chamadas locais,
interurbanas e internacionais por internet (via computador a computador ou computador a
telefone convencional), ou de soluções VoIP corporativas (rede puramente IP, rede IP mais
telefonia convencional), inclusive na modalidade telefonia IP;
- Modernização significativa dos serviços de banda larga com fio (ADSL), oferecendo maior
velocidade, segurança ou funcionalidade, mas requerendo simultaneamente aperfeiçoamentos
tecnológicos dos equipamentos (Ex: serviços corporativos como conexão de LANs, VoDSL
(Voice over DSL), vídeo, ensino à distância, banco virtual, vídeo conferência, etc., através de
acesso xDSL);
- Lançamento do serviço de acesso público a internet através de redes sem fio (WI-FI - Wireless
Fidelity ou WIMAX);
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Incorporação de novos equipamentos ou procedimentos nas seções mais críticas da rede
telefônica (centrais telefônicas digitais de alta capacidade, estações repetidoras, roteadores
mais potentes, interconexões com outras telefônicas, terminais, formas de cabeamento mais
modernas) que resultam em expressiva melhoria na capacidade de uso da rede, na velocidade
e na qualidade do serviço prestado;
- Utilização de sistemas mais avançados para minutagem (billing), contra fraudes, roubo, perda,
para reconhecimento de voz com vistas ao atendimento de usuários, etc.
- Modernização dos protocolos utilizados em VoIP/telefonia, como por exemplo para
sinalização e controle de chamadas (de H.323 para SIP, de MGCP para MEGACO) ou para
transporte de voz (RTP, RTCP);
- Aperfeiçoamentos significativos nos procedimentos de monitoramento de falhas e de reparo
de módulos e equipamentos da rede, desde que estes resultem em expressiva diminuição dos
tempos de perda;
- Otimização das logísticas de suprimento de materiais e de alocação de pessoal para a
manutenção de conexões operacionais à rede de telecomunicações em prédios industriais,
comerciais e residenciais, desde que isso implique em significativos ganhos de desempenho e
de qualidade do serviço fornecido;
10) Atividades de informática e serviços relacionados: - 72
Inovação de Produto: serviço novo ou tecnologicamente aperfeiçoado
- Introdução de novo produto cujas características fundamentais em termos de especificidades
técnicas, estrutura de componentes, software incorporado, facilidade de uso ou funções
diferem significativamente daqueles previamente produzidos pela empresa. Exemplos: software
desenvolvido em plataforma Linux e que antes estava disponível apenas em plataforma
Windows; programa que só rodava em um determinado navegador de internet (windows
explorer, por exemplo) e agora é compatível com qualquer outro navegador (porque foi
introduzida a linguagem Java script); novo software potencializando o uso do recurso gráfico e
da técnica de point and click ;
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- Aperfeiçoamento significativos de software existentes, simplificando-os através da reutilização
de códigos (templates, ddl´s, etc.);
- Inovações significativas na arquitetura e nos procedimentos de elaboração de projetos lógicos
de redes de informática, de maneira a reforçar a proteção, a modularidade e a interligação de
servidores, computadores e seus equipamentos periféricos. Exemplos: projeto de rede
introduzindo novos recursos de segurança, como a certificação digital, uso de token,
criptografia na transmissão de dados, antes não utilizados pela empresa; projeto para
viabilizar alta disponibilidade do hardware, incorporando o uso de redundância de fontes de
alimentação e/ou uso de discos hot swap;
- Introdução de novo aplicativo usando recursos da tecnologia da informação (comunicação,
gestão de dados, ferramenta de desenvolvimento, armazenamento e hardware) escolhidos
através de prospecção, e cuja otimização e performance difere substancialmente dos
aplicativos previamente produzidos pela empresa;
- A criação de portais de busca e/ou de páginas (sites) de busca, de jogos e de entretenimentos,
para a internet, através do uso de novas ferramentas ou tecnologias de web design que diferem
significativamente daquelas previamente usadas pela empresa;
Inovação de Processo: processo novo ou tecnologicamente aperfeiçoado.
- Introdução de novo método de programação, como por exemplo: com orientação à aspectos,
métodos ágeis de desenvolvimento, MDA (Model Driven Architeture), CASE, Designer, padrões
de projeto, etc., que resulta em expressiva melhoria no tempo de desenvolvimento, na
facilidade de uso e na qualidade do serviço prestado;
- Padronização na definição de aplicativos, procedimento muito usado em fábricas de software
visando melhoria de qualidade e ganhos de produtividade;
- Introdução de novo método para desenvolvimento de produtos para internet. Antes eram
usadas várias ferramentas não integradas substituídas agora por um ambiente .net;
- Otimização das logísticas de suprimento de materiais e de alocação de pessoal para a
instalação de software, ou para a manutenção e reparação de computadores e equipamentos
periféricos, desde que isso implique em significativos ganhos de desempenho e de qualidade
do serviço fornecido;
- Mudanças significativas na logística da empresa, com a introdução de novos equipamentos,
software, procedimentos ou técnicas empregadas no fornecimento do serviço, desde que isso
implique em significativos ganhos de desempenho e de qualidade do serviço fornecido;
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